quarta-feira , 17 julho 2024
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Jornal Opção: Marconi terá metade do tempo de televisão no horário da propaganda eleitoral

Veja matéria do Jornal Opção sobre distribuição do tempo entre os prováveis candidatos a governador de Goiás:

Marconi Perillo terá metade do tempo de televisão
Base aliada deve abocanhar mais de 50% do período de TV e rádio durante campanha ao governo estadual. Tempo de cada candidato ou coligação é definido proporcionalmente pelo tamanho das bancadas na Câmara

Frederico Vitor

A base aliada do governador Marconi Perillo (PSDB) poderá ter a metade dos 20 minutos reservados ao programa eleitoral de televisão e de rádio que vão ao ar do dia 19 de agosto ao dia 2 de outubro. Pelo menos este é um cálculo preliminar levando em consideração os partidos que dão sustentação ao governo estadual. O período preciso ao qual cada coligação terá direito somente será conhecido com a oficialização das candidaturas, após as convenções. Dois terços do tempo de propaganda de cada candidato ou aliança são definidos proporcionalmente pelo tamanho das bancadas partidárias na Câmara dos Deputados.

O partido com maior tempo de propaganda eleitoral é o PT, a maior bancada da Câmara com 86 deputados (3 minutos e 3 segundos), à frente do PMDB e seus 71 parlamentares (2 minutos e 34 segundos) e do PSDB, com 49 legisladores (1 minuto e 51 segundos). O PSD tem o mesmo número da bancada tucana, com 49 deputados (1 minuto e 51 segundos), seguido pelo PP com 40 parlamentares (1 minuto e 33 segundos), PR com 31 deputados (1 minuto e 16 segundos) e o PSB com 27 integrantes em sua bancada (1 minuto e 8 segundos).

Mesmo os candidatos cujos partidos não têm representação na Câmara dispõem de alguns segundos de propaganda gratuita. Ocorre que um terço do tempo do programa eleitoral é dividido igualmente entre estas legendas sem representação na Câmara dos Deputados. Além do horário eleitoral gratuito, os candidatos a governador, ao Senado, e a deputados federais e estaduais têm direito a inserções diárias na programação normal das emissoras de rádio e TV. A quantidade e o tempo dessas inserções também respeitam a proporcionalidade usada para definir o horário eleitoral.
Os programas dos candidatos ao governo estadual vão ocupar 20 minutos pela manhã e à tarde nas segundas, quartas e sexta-feiras. Os que concorrem ao Senado terão 10 minutos nestes dias. Os candidatos a deputado estadual também se apresentarão em 15 minutos. Às terças, quintas e sábado, os presidenciáveis terão reservado 25 minutos, pela manhã e à tarde, e os que pleiteiam uma vaga à Câmara dos deputados terão 25 minutos.

Embaralhando o jogo

Para se ter dimensão da importância do tempo no programa eleitoral que cada partido tem direito, as siglas com maior quantidade de minutos podem influenciar na montagem da chapa majoritária. Ao analisar por esta lógica a base aliada, o PSD é o parceiro preferencial do projeto tucano, tendo 1 minuto e 51 segundos de horário de TV. Depois vem o PP do vice-governador José Eliton, com 1 minuto e 33 segundos. Se o DEM oficializar apoio a Marconi, a legenda do líder ruralista e deputado federal Ronaldo Caiado viria somar com 56 segundos.

Um partido recém-criado deve embaralhar o jogo tanto da formação da aliança marconista, quanto da oposição. Trata-se do Solidariedade (SDD) do deputado federal Armando Vergílio. A sigla ostenta uma bancada de 23 deputados federais, o que lhe dá o direito de 1 minuto de TV, tempo considerado diamante pelos estrategistas políticos. A legenda surgiu independente, tendo como seu principal articulador o deputado Paulinho da Força, egresso do PDT paulista. Apesar de ter sido alvo de flerte da base de sustentação da presidente Dilma Roussseff (PT), o SDD demonstra inclinações a fechar com a oposição no campo nacional, de preferência ao projeto do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato tucano à Presidência.

Os bastidores da política goiana dão conta que o deputado Armando Vergílio é cortejado por várias lideranças políticas, como por exemplo, o prefeito de Anápolis e pré-candidato ao governo estadual Antônio Gomide (PT). O petista que está em período de consolidação de sua candidatura, sem o apoio do PMDB de Júnior Friboi e Iris Rezende, teria pouco mais de 3 minutos. O SDD junto ao projeto agregaria mais 1 minuto ao programa de TV, tempo valioso numa campanha que pode ser decidida nos detalhes.

Não só a oposição vem estreitando conversas com o líder do SDD, a base aliada já deu sinais de que a legenda seria muito bem-vinda ao projeto político de Marconi. Caso a nova sigla venha compor a coligação do governo, teria mais peso do que os 56 segundos do DEM de Caiado.

Os partidos com bancada na Câmara Federal que compõem a base aliada — PSDB, PSD, PTB, PP, PR, PTdoB, PPS, PV, PRB, PSL e PMN — somam 9 minutos de programa eleitoral no rádio e televisão. Caso o DEM e o SDD venham a se alinhar ao projeto marconista, o tempo passa a ser de 10 minutos e 56 segundos.

Do lado da oposição, a coligação que se desenha com o PMDB, PTN e Pros, este último, tutelado em Goiás pelo empresário Júnior Friboi, com 18 deputados federais que lhe garantem 50 segundos de tempo de TV, ambos teriam pouco mais de 3 minutos. Caso a chapa seja reforçada pelo PT, PCdoB e PDT, o tempo subiria para 7 minutos. Com o SDD, que faria o papel de fiel da balança, o programa da oposição passaria a ter 8 minutos.

Se a candidatura do petista Antônio Gomide for concretizada, o PT buscaria como aliados preferenciais o PCdoB e o PDT, ambos com 42 segundos respectivamente. As três siglas somariam pouco mais de 5 minutos. Se o SDD embarcar no projeto político de Gomide, o tempo total do prefeito anapolino subiria para 6 minutos.

O empresário e presidente regional do PSB em Goiás, Vanderlan Cardoso, tem como aliados o PRP do publicitário Jorcelino Braga e o PSC do deputado estadual Simeyzon Silveira. Somados os três tempos de cada partido para o programa de televisão dão apenas 2 minutos. Caso o DEM venha a aderir à terceira via, o tempo de programa sobe para pouco mais de 3 minutos.

Lembrando mais uma vez que os cálculos apresentados são números aproximados. O tempo oficial ao qual cada coligação terá direito somente será conhecido assim que as chapas majoritárias e proporcionais estiverem registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Válido também ressaltar que dois terços do tempo tem como base de cálculo as bancadas dos partidos na Câmara dos Deputados e que um terço é dividido igualmente entre os partidos.

Até 30 de junho, último dia para a realização de convenções destinadas a deliberação sobre coligações e à escolha dos candidatos e os suplentes (no caso da vaga ao Senado) muito coisa pode mudar e a configuração das coligações pode ser outra.

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