Veja matéria publicada no site do Jornal Opção:
PT e PMDB não afinam discurso e discordam sobre o lançamento de mais de uma candidatura
O primeiro não vê problemas em haver mais de um postulante ao cargo de governador. PMDB acredita que bloco de oposição deve sair unido para derrotar Marconi
Thiago Burigato
A cada reunião da oposição em Goiás fica mais evidente a divergência entre os dois principais partidos do bloco: PMDB e PT. O primeiro, que tem como pré-candidato o empresário Júnior Friboi, defende que todas as legendas deveriam se unir em uma única proposta contra Marconi Perillo (PSDB). Já o segundo, que tem o prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, como pré-candidato, não vê problemas no lançamento de mais de uma candidatura.
Para o presidente estadual do PMDB, Samuel Belchior, não há “a menor motivação ou estratégia” para que o grupo caminhe por estradas separadas nas eleições. Ele diz enfatizar isso em todos os encontros promovidos e teme que as divergências possam dificultar uma reaproximação no segundo turno.
Petistas declaram, de forma não oficial, que não pretendem compor com o PMDB se Friboi for o candidato. Acreditando que o empresário não teria cacife para bater de frente com Marconi, eles dizem que deixariam de lançar candidatura própria apenas se Iris Rezende (PMDB) tiver interesse em ser governador novamente.
Sobre essa possibilidade, Belchior afirma que ele [Iris] “não se posiciona e nunca se posicionou como pré-candidato”, mas não refuta que isso possa acontecer. “Acho que isso precisa ser resolvido rápido dentro do PMDB e com as alianças para que a gente chegue unido às eleições.”
O presidente do PT, Ceser Donisete, declara não haver problemas no lançamento de várias candidaturas, já que, em sua opinião, certamente haverá segundo turno. “É perfeitamente tranquilo a gente trabalhar para estarmos juntos no segundo turno, até porque isso é imperativo. Hoje temos como certa a candidatura do Vanderlan Cardoso (PSB). Todo mundo reconhece isso”, podera. Em seu entendimento, não há motivos para os candidatos e partidos que hoje compõem a oposição debandarem para o outro lado da disputa no segundo turno.
Justamente por essa certeza ele também não vê problemas em os partidos começarem agora a discutir diretrizes para a campanha. Segundo Ceser, tudo que for decidido partirá de todo o grupo, tendo os partidos participantes a liberdade de utilizá-las se quiserem, mesmo que com candidaturas separadas.
“Fico animado de ver que as pessoas, independente de quem será o candidato, se serão um ou dois, buscar o entendimento das questões que movem os partidos de oposição em Goiás e também a sociedade”, pontuou.
A reunião desta terça-feira (18/2) contou com representantes do PT, PMDB, Pros, PPL, PTN e PCdoB
