O vereador Djalma Araújo (PT) disse hoje ao jornal O Popular que considera muito infelizes as declarações da líder da bancada do prefeito na Câmara, Célia Valadão (PMDB), em favor do vereador Paulo Borges (PMDB) – preso na semana passada sob suspeita de negociar propina em troca da liberação de licenças ambientais.
“A emoção dela falou mais alto do que a razão. É preciso levar em conta o trabalho do Ministério Público e não fazer pré-julgamentos”, afirmou Djalma. Conforme noticiou ontem o Goiás 24 Horas, Célia Valadão declarou que acredita na inocência de Paulo Borges mesmo sem conhecer as provas reunidas pelo Ministério Público na Operação Jeitinho. O mais grave é que Célia é presidente do Conselho de Ética da Câmara, instância responsável por julgar a conduta parlamentar de Paulo Borges.
O vereador Anselmo Pereira (PSDB), que é vice-presidente do Conselho de Ética, disse ao O Popular que não há comprometimento das investigações na Câmara por causa de declarações precipitadas de colegas como Célia Valadão, porque além do Conselho de Ética, o caso vai ser analisado por uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) proposta por Elias Vaz (PSol).
“Se a CEI tiver pessoas comprometidas com a verdade, principalmente na presidência e na relatoria, o sucesso pode ser esperado. Se não, a chance de não dar em nada é muito grande”, avalia Elias.