Em entrevista à rádio CBN Goiânia na manhã desta quarta-feira, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Fábio Sousa (PSDB), afirmou que ninguém é capaz de convencê-lo de que as empresas do transporte coletivo da Capital passam por dificuldades – argumento utilizado pelo consórcio para justificar a má qualidade do serviço e a urgência na cobrança do reequilíbrio tarifário.
O deputado afirma que o Estado fez a sua parte para garantir o bom funcionamento do sistema, por meio da desoneração do ICMS do óleo diesel dos ônibus e do financiamento ao Passe Livre Estudantil universal. “Agora, os empresários tem que entender que a população paga uma passagem cara e isso não está dando ao usuário o transporte coletivo que ele deveria ter em Goiânia”.
Fábio também exige comprometimento da Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC) – cuja presidência e diretoria são indicados pelo prefeito Paulo Garcia (PT) – e cobra dela que fiscalize de fato o serviço oferecido pelas empresas. Nada justifica, na opinião dele, a precariedade do sistema. “Ninguém que convence que as empresas estão passando por dificuldades. Falar pra mim que eles não estão lucrando… pelo amor de Deus, gente”.
Na próxima quinta-feira (10), às 14h30, prefeitos de 19 municípios da região metropolitana reúnem-se com o governador Marconi Perillo (PSDB) no décimo andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira para discutir uma alternativa ao reajuste da passagem, que, especula-se, pode chegar a R$ 2,90. Há uma proposta formulada pelo Fórum Empresarial para que o poder público financie as viagens da parcela da sociedade que tem direito à gratuidade (idosos, militares e portadores de necessidades especiais, por exemplo), o que custaria algo em torno de R$ 8,8 milhões.
Se houver pactuação entre governo e prefeituras e todos se comprometerem a dividir a despesa, será possível congelar a passagem em R$ 2,70 por mais um ano. Caso contrário, vem reajuste por aí.