A vida do deputado estadual Ney Nogueira não anda fácil.
Em entrevista hoje de manhã à Rádio Mil, Ney reclamou do isolamento ao qual estaria sendo submetido no partido. Lamentou não ter sido convidado para participar da executiva regional e da municipal (em Santa Helena). “Minha vida não está um mar de rosas”, desabafou.
Ney já foi um dos homens mais poderosos de Goiás, quando estava incumbido da missão de coordenar a articulação política no governo Alcides Rodrigues (PP). Impulsionado pela máquina pública, tentou se eleger deputado estadual, mas embalado na canoa furada do alcidismo ficou apenas na suplência.
Chegou à Assembleia com a eleição do deputado Evandro Magal (PP) para prefeito de Caldas Novas, e empossado decidiu continuar na oposição ao governador Marconi Perillo (PSDB). Ney decidiu desrespeitar a linha política do seu partido, que é aliado a Marconi. Naturalmente, o presidente do PP, deputado Roberto Balestra, não gostou dessa conversa e já avisou: se causar algum constrangimento ao governo, o colega terá de repensar sua permanência na legenda.
Pior de tudo é que Ney dificilmente vai se reeleger, porque a esposa do seu compadre Alcides, Raquel Rodrigues, também vai disputar mandato de deputada estadual em 2014 e vai reivindicar as bases eleitorais do amigo do marido.