Nota confusa e com redação desconexa em alguns pontos foi divulgada na tarde desta quinta-feira pelos 16 deputados da bancada dita de oposição na Assembleia.
Os parlamentares oposicionistas negam ter conhecimento prévio da criação dos cargos com supersalários e repudiam a manobra. No fechamento do texto, eles viajam na maionese e tentam culpar o governador Marconi Perillo pelo episódio – Marconi é acusado de tentar infiltrar a quadrilha de Carlos Cachoeira para desmoralizar a Assembleia.
Veja a nota dos 16 deputados oposicionistas;
“Nota de Repúdio da Oposição
à criação de novos cargos
na Assembleia
O jornal O Popular informa em sua edição de hoje, 4 de abril de 2013, a criação por parte da Assembleia Legislativa de uma resolução 1.416, que apresenta cargos com status de diretoria e salários de até R$ 24 mil.
Sobre a resolução, que não conhecíamos até a data de hoje, a bancada de oposição afirma que:
– É contra a criação de novos cargos na diretoria, especialmente sem discussão prévia;
– É contra o aumento de salário de alguns diretores, que passarão a ter vencimentos superiores aos da presidente da República, de ministros e desembargadores. Queremos e defendemos um aumento linear para todos os funcionários da Casa, que sofrem com a questão da URV e outras defasagens do passado, ainda carentes de reposição;
– É contra a nomeação de qualquer pessoa envolvida com a quadrilha de Carlos Cachoeira. Vemos, neste instante, por parte do governador Marconi Perillo e seus aliados, uma tentativa de naturalização da quadrilha de Cachoeira, que está tentando ganhar espaço na Assembleia Legislativa;
– É recorrente a tentativa do governo estadual de desmoralizar o Parlamento. Tanto é verdade que a tramitação da resolução para a criação de novos cargos se deu por meio de manobra, sem a devida discussão com os deputados. Tal atitude assemelhou-se o governador Marconi Perillo, que transcorreu às escuras. Por sermos contra estas ações, manifestamo-nos por meio desta nota.
Atenciosamente,
(ASSINAM OS 16 DEPUTADOS DA BASE OPSOSICIONISTA NA ASSEMBLEIA)”