Nas redes sociais, já começou a discussão sobre como e de onde saiu o relatório que o jornal O Popular publicou, na edição dessa sexta-feira, informando que o Grupo JBS-Friboi deve R$ 1,3 bilhão de reais em ICMS sonegado ao Estado de Goiás.
Assessores de Júnior Friboi, como o jornalista Rodrigo Czepack, insinuam que se trata de uma conspiração contra o bilionário e evitam tocar no conteúdo do relatório – e é isso que realmente importa.
A reportagem de O Popular é detalhada. Dá o valor da dívida, revela que é originária de 49 autos de infração aplicados pela fiscalização da Secretaria estadual da Fazenda, durante 9 anos. Oito desses autos já foram analisados pelas instâncias finais da Sefaz, que concluiu pela pertinência dos R$ 520 milhões em sonegação de ICMS que eles apontam em operações de exportação de carne de frigoríficos do Grjpo JBS-Friboi situados em Goiás.
O foco da discussão, portanto, não é onde e como O Popular conseguiu o relatório. Isso seria apenas um desvio ou uma estratégia para tirar o interesse do seu verdadeiro foco: o absurdo de uma empresa acumular uma dívida de R$ 1,3 bilhão de reais em impostos não pagos com o Estado que um dos seus acionistas quer governar.