A dívida de R$ 1,3 bilhão de reais, que pode chegar a R$ 2 bilhões, do Grupo JBS-Friboi com o Estado de Goiás, por conta de ICMS sonegado em operações de venda de carne ao exterior, vai assombrar Júnior Friboi de agora até o final da campanha, em outubro próximo.
Não vai ser fácil para o bilionário gastar grande parte do seu tempo de proselitismo eleitoral com justificativas, algumas baseadas em desculpas esfarrapadas, sobre o também bilionário débito da empresa da sua família com o Fisco Estadual.
Mais ainda: Friboi corre o risco de entrar na campanha previamente derrotado, na medida em que for disseminada entre o eleitorado a versão de que ele quer o cargo de governador para supostamente ajudar os seus familiares a resolver a pendência. É algo tosco e que, hoje, diante dos controles internos e externos que existem sobre as finanças do Estado, talvez nem fosse possível. Mas o que vai na cabeça da população, sendo verdade ou não, é que interessa na hora da decisão de voto.
De qualquer maneira, a dívida do Grupo JBS-Friboi é mais que uma pedra no meio do caminho para Júnior Friboi. É uma cordilheira.