O anapolino Reginaldo Gomes do Nascimento tem carta publicada em O Popular, nesta terça-feira, com comentários a propósito da dívida de R$ 1,3 bilhão em ICMS sonegado que o Grupo JBS-Friboi tem com o Estado de Goiás.
Segundo Reginaldo, o bilionário Júnior Friboi alega que não tem nada a ver com a empresa e com a dívida, mas “sempre utilizou recursos financeiros do seu empreendimento em campanhas políticas”.
Reginaldo questiona: como alguém pode pretender governar um Estado, sendo, ao mesmo tempo, o seu maior devedor?
“Governar um Estado é diferente de oferecer produtos no mercado”, afirma ele.
Leia a íntegra da carta:
Político e empresário
Em matéria publicada no POPULAR, se pôde verificar a estratégia do pré-candidato ao governo de Goiás, Júnior Friboi, em desvincular sua intenção política da atividade empresarial que o destacou no cenário nacional como bem sucedido empresário do ramo de alimentos e que tem o seu nome.
É até de se estranhar a entrada na vida pública de um empresário como Júnior Friboi, que sempre utilizou recursos financeiros do seu empreendimento em campanhas políticas e agora insistir na separação da pré-candidatura ao governo e a administração da empresa.
É sabido por todos a dívida fazendária que a JBS S.A. tem com o governo do Estado, mais de R$ 1 bilhão. Este senhor quer fazer crer que esse fato também será desvinculado da sua propensa administração frente ao governo de Goiás? Já começou mal em não assumir que é impossível uma bipartição de eventos nesse caso.
Uma coisa é administrar uma empresa, onde os interesses sempre convergem para os objetivos do dirigente. Outra coisa é administrar o Estado, que por sua complexidade requer do administrador ceder à parcela da sociedade organizada em prol do bem comum. É um pouco diferente de oferecer produtos consumíveis no mercado. E mais, ser empresário bem-sucedido não implica necessariamente ser bom administrador na gestão pública. São outros quinhentos.
Reginaldo Gomes do Nascimento
Anápolis – GO