Em duas notas, o editor-chefe do Jornal Opção, Euler Belém, analisa o rebaixamento a que a repórter política Fabiana Pulcineli estaria sendo submetida em O Popular – há meses, ela não é escalada para produzir matérias importantes nem consegue emplacar a manchete principal de uma edição (e nunca foi cogitada para substituir Jarbas Rodrigues, na coluna Giro, nas férias ou ausências dele).
Há poucos dias, a jornalista postou citações enigmáticas em seu perfil no Twitter, sugerindo que pode haver uma mudança de rumos na sua vida profissional (o que alguns interpretaram como um aviso de troca de emprego).
Euler acredita que Fabiana, que ele considera como a melhor repórter investigativa do Estado, está sendo vítima da tradicional política de pessoal do Grupo Jaime Câmara, que não valoriza seus profissionais nem paga salários compensadores para eles.
É verdade.
Mas faltou uma constatação. Fabiana Pulcineli não é apenas uma vítima do GJC. Ela também contribuiu para chegar ao limbo onde está hoje com a sua estratégia pessoal de relacionamento com os políticos e as autoridades. Fabiana não preserva ninguém, é agressiva com tudo e com todos e o resultado é que se transformou em uma repórter política sem fontes.
Não sendo “confiável”, Fabiana não recebe mais informações exclusivas. É o contrário do que acontece com o seu colega Jarbas Rodrigues, da coluna Giro, que emplaca furo atrás de furo porque esbanja equilíbrio e sabe se abastecer junto às fontes sem queimar o filme de ninguém para se promover.
Sem fontes, Fabiana Pulcineli virou uma espécie de “pesquisadora” dos Diários Oficiais do Estado e do Município e também dos portais de transparência. É lá que ela garimpa suas cada vez mais escassas informações. Basta conferir no blog que ela mantém no portal de O Popular, para concluir que as suas principais notas têm origem no que ela descobre nessas “fontes”.
Fora daí, qualquer político foge de Fabiana como o diabo da cruz – e a consequência é que, isolada, ela não tem a quem recorrer para levantar boas matérias e as melhores pautas de O Popular acabam nas mãos dos seus colegas.