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Artigo semanal de Fabiana Pulcineli repete textos de Afonso Lopes e Vassil sobre Gomide e Vanderlan

O tão esperado artigo semanal da jornalista Fabiana Pulcineli na página de Política de O Popular, desta segunda-feira, nada mais é do que um cozinhado de dois textos sobre o mesmo tema publicados durante a semana pelos jornalistas Vassil Oliveira e Afonso Lopes.

Antes da repórter mais importante do jornal da Serrinha, Vassil e Afonso trataram das fragilidades e desafios da terceira via, protagonizada em Goiás por Antônio Gomide e Vanderlan Cardoso.

Por uma incrível coincidência, Fabiana lança mão dos mesmos argumentos do coleguinhas para detonar os pré-candidatos do PSB e PT.

O fato gerou tititi no meio jornalístico, que especula se foi mera coincidência, plágio, preguiça de pesquisas um tema novo ou falta de motivação da jornalista.

Veja e compare os artigos:

Texto de Afonso Lopes

Texto de Vassil Oliveira

Abaixo, o texto de Fabiana:

Cena Política
09/06/2014
Terceira via em dificuldades

É praticamente certo que Goiás terá novamente nas eleições deste ano o velho duelo entre PSDB e PMDB e, pela terceira vez, com os mesmos personagens na disputa pelo governo: o governador Marconi Perillo e o ex-governador Iris Rezende.

Embora não tenha havido divulgação de pesquisa recente sobre o que pensa o eleitor a respeito do repetitivo embate, tem sido comum ouvir a pergunta – que aliás a mesma sobre as eleições nacionais, com a disputa entre PT e PSDB: “Temos outras opções?”

Em julho do ano passado, pesquisa Serpes/ O POPULAR de intenção de voto para as eleições de 2014 em Goiás mostrava que 76,3% dos eleitores do Estado gostariam de ver nomes novos na disputa para governador. Não houve nova rodada da pesquisa com o mesmo questionamento, mas os sinais de insatisfação demonstrados nas manifestações de junho do ano passado ainda se mostram latentes por parte da maioria do eleitorado.

Haveria nome capaz de atrair o eleitorado que rejeita os dois principais postulantes e considera que esse embate já não rende mais bons frutos ao Estado? Alguém poderia ser a “opção” da parcela dos eleitores que avaliam o “tempo novo” como tão ultrapassado quanto o “tempo velho”?

Os nomes colocados hoje como “alternativa” à polarização vivem as mesmas dificuldades que enfrentaram os representantes da chamada terceira via nas últimas eleições no Estado. Isolados, sem estrutura (financeira, partidária e tempo de televisão) e sem apoios de peso: o empresário Vanderlan Cardoso (PSB) e o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT) terão de passar o resto do mês lidando com a desconfiança sobre a confirmação de suas candidaturas ao governo.

Mesmo com o cansaço manifestado pelos eleitores há quase um ano, os dois pré-candidatos que tentam quebrar a polarização no Estado não conseguiram registrar grande crescimento nem criar fatos que os colocassem fortes no cenário da disputa. A consequência principal é a falta de apoios.

Embora tenha afinado o discurso e avançado (mais que todos os outros adversários) na construção do plano de governo, Vanderlan chega ao mês de convenções sem perspectivas de ampliar sua aliança muito além dos nanicos com os quais conta (PSC e PRP). Diferentemente de 2010, quando alcançou 16,62% dos votos válidos, não tem apoio do governo – que mesmo mal avaliado, tinha o peso da máquina – e uma coligação com nove partidos.

O pessebista tem dificuldades de montar a chapa majoritária e as candidaturas a deputado. Tudo isso faz com que se justifique tamanho otimismo do PMDB em tê-lo como vice de Iris Rezende, especialmente depois que o presidenciável do PSB, Eduardo Campos, foi ao apartamento do peemedebista, acompanhado de Vanderlan, há dez dias.

Aliados do empresário têm dito que de fato ele vive um dilema. Por um lado, sabe que tem a chance de fortalecer a chapa de Iris e trilhar caminho para uma candidatura ao governo de muito mais peso em 2018, caso o peemedebista vença. Por outro lado, acredita – também com base em pesquisas – que o esgotamento dessa polarização e os desgastes dos dois líderes abrem espaço para uma terceira via.

Essa busca por uma “opção” pode de fato se intensificar, mas uma candidatura ao governo não se sustenta apenas com um desejo de mudança. É preciso ter estrutura, apoios e um discurso forte para avançar e se encaixar no desejo da população.

Em 1998, o eleitorado goiano manifestou um sentimento de renovação e Marconi conseguiu vencer contra a máquina do governo, a estrutura partidária do PMDB e o capital político das lideranças peemedebistas. Por outro lado, o tucano estava cercado de lideranças de peso da oposição e uma coligação de cinco partidos. E conseguiu construir um discurso alternativo forte e consistente.

Desde abril, quando deixou a prefeitura de Anápolis, Gomide montou uma agenda intensa de viagens, mas parece ter se concentrado apenas em encontros com militantes petistas e não conseguiu ter visibilidade na pré-campanha.

Assim como há um ano, quando saiu a primeira pesquisa Serpes, continua bem improvável que um nome reúna perfil, apoio e ousadia para tentar vestir a nova roupagem que o eleitorado esperaria para as eleições de 2014 em Goiás.