O ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide vai aos poucos caindo na realidade sobre o seu isolamento eleitoral e já admite que a sua chapa deverá ser formada só com nomes do próprio PT – o que, no jargão da política, é chamado de chapa puro-sangue.
Só que as chapas puro-sangue são também consideradas como negativas para qualquer candidato: ao excluir alianças, reduzem o espaço político e eleitoral e costumar ter como resultado a derrota nas urnas.
Em um certo momento, Gomide chegou a bater no peito e a anunciar que estava “conversando” com 5 a 7 partidos. Frigidos os ovos, não se confirmou o interesse de nenhum deles e o candidato petista deu com os burros n’água, ou seja, vai contar só com nomes dos próprio PT para montar a sua chapa.
Nesta sexta, no Diário da Manhã, o petista de carteirinha e jornalista Renato Dias tenta dourar a pílula e publica uma matéria em que apresenta a inevitável chapa puro-sangue de Gomide como uma opção estratégica, diante dos “bons nomes” que o PT teria para lançar como candidatos a vice e a senador. Mas, no final da reportagem, o próprio Renato admite que “o PT encontra hoje dificuldades para ampliar o leque de aliados políticos em Goiás”.