terça-feira , 30 abril 2024
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Aguimar, candidato a senador pelo PSB, diz que o Polocentro enriqueceu produtores goianos. Entre eles, Iris Rezende

Em artigo no Diário da Manhã, o procurador federal Aguimar Jesuíno , candidato a senador pelo PSB, repete a tradicional choradeira dos ambientalistas – na linha da ex-senadora Marina Silva – em defesa do cerrado do centro-oeste.

Mas, dessa vez, Aguimar acrescenta fatos e argumentos novos. Diz, por exemplo, que o Goiásrural, empresa criada pelo então governador Leonino Caiado, nos início dos anos 70, comprou 500 tratores de grande porte para promover o desmate indiscriminado do cerrado e implantar nessas terras a produção agropecuária. Segundo o candidato, essa ação foi inédita em termos mundiais, inclusive pela violência do método empregado, que consistia em interligar dois tratores de esteira com um correntão e sair arrancando tudo o que havia pela frente – um método que hoje, no Brasil, está proibido pelo Ibama.

A outra novidade trazida por Aguimar é a lembrança do Polocentro, um programa que o Governo dos militares lançou para emprestar dinheiro sem juros ou correção para os produtores rurais, para que eles aplicassem no desmatamento das suas terras. Ele não conta, mas um dos beneficiários do Polocentro, em Goiás, foi o hoje candidato a governador pelo PMDB, Iris Rezende, que tomou dinheiro do Polocentro para desmatar 500 alqueires de terra em Britânia e, quando foi pagar, vendeu apenas 10 vacas para quitar a dívida. Esse financiamento é uma das origens, não reveladas, da imensa fortuna que o velho cacique peemedebista possui no momento.

Mas, Aguimar entende que o Polocentro, na verdade, serviu para “promover a riqueza dos produtores rurais, ao emprestar dinheiro sem nenhuma correção monetária, na época em que o processo inflacionário estava se iniciando no Brasil”.

Curiosamente, esse é um tema que Iris, um político afeito ao passado, faz questão de não recordar.