A “convocação” do ministro das Minas & Energia, Edison Lobão, para ir ao Congresso “explicar” a federalização da Celg, é completamente inviável: há anos que a base governista não permite que o Congresso convoque ministros do Governo Federal, que só vão ao Senado ou à Câmara como convidados – e se quiserem atender ao convite.
Em Brasília, até os guardas de segurança que ficam nas portas do Congresso sabem que a “convocação” é apenas um recurso de propaganda, utilizado quando um parlamentar deseja fazer estardalhaço em torno de um tema do seu interesse.
Ao anunciar a “convocação” do ministro Edison Lobão, Caiado quis passar a impressão de que, como deputado federal, tem condições de exigir que aquela autoridade atenda as suas ordens ou interesses. Isso, na rotina de poder de Brasília, não tem o menor sentido.
Outro objetivo do candidato a senador pelo PMDB é tentar melar a negociação da federalizar a Celg, forçando a barra na criação de um clima de escândalo – quando se trata de uma operação 100% transparente entre o Governo do Estado e o Governo Federal.
Não haverá “convocação”, o ministro Lobão não irá ao Congresso para dar satisfações a Caiado e a própria imprensa nacional, se o líder ruralista não apresentar provas para as acusações que vem fazendo sobre a Celg, cuidará de esvaziar o assunto.
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