A blogueira Lênia Soares resolveu dar uma folga nos ataques ao governador Marconi Perillo e decidiu apontar sua metralhadora para os novos nomes que são especulados como futuros candidatos a cargos eletivos.
Amargurada com a política, Lênia desconfia dessas novidades e afirma que “são novos nomes da velha política.
Veja o artigo:
Os novos nomes da política
A dinâmica bienal no cenário político é inevitável. Em cada eleição, novos nomes aparecem como símbolo de renovação, força, entusiasmo… História que se repetiria sem alterações não fosse um pequeno detalhe: a corrupção. De Rosemary Noronha ao Caso Cachoeira, a grande marca de 2012 foi a sujeira escancarada da política brasileira.
Com tantos escândalos pautando a mídia nacional, não há como esperar um eleitorado engajado e confiante nos velhos representantes. Agora, eles mais que querem, exigem novas propostas, ideias, caras e discursos. E aqui surge a oportunidade. Assim que aparecem na esfera pública figuras como Henrique Tibúrcio, Edward Madureira, Adriana Accorsi, Giuseppe Vecci, José Mário Schreiner, dentre outros.
São os novos nomes da velha política.
Tibúrcio é um exemplo do inusitado. O presidente da OAB tem dado indícios de que deixará a Ordem dos Advogados para disputar uma vaga no Legislativo. A migração de um poder para outro surpreende pela distância entre os perfis. A saída de uma área influente e respeitada dentro do segmento profissional não foi sequer ensaiada por líderes anteriores do órgão.
O momento é, de fato, propício para o presidente. Perante a mácula do segmento político, alguém que represente o Direito pode até se apropriar do discurso de um ex-senador e tornar-se o novo ‘paladino da ética e da razão’. Há chances.
Edward Madureira, reitor da Universidade Federal de Goiás, é representante de um segmento tido como intelectual e revolucionário. O reitor pode resgatar o discurso de militância embasada teoricamente e com perspectivas de futuro.
Madureira jacta-se ainda da grande atuação dentro da UFG. A universidade cresceu, amadureceu e expandiu suas vagas. Se sua gestão foi favorecida pelo grande direcionamento de verbas Federais, não é o caso. Sendo ou não um administrador privilegiado pelo momento, a utilização do mérito no discurso é legítima.
Adriana Accorsi já era esperada. Nova na idade e na política, não deixa de ser herdeira do experiente Darci Accorsi, ex-prefeito de Goiânia. A expectativa do seu ingresso na vida púbica veio, de antemão, do DNA. Seu destaque e reconhecimento na Segurança Pública, porém, foi a cereja no bolo da delegada.
Vecci, apesar de não ser tão novo assim, caminha para seu primeiro pleito eleitoral. O secretário é militante dos velhos tempos. Integrou as equipes do ex-governador Henrique Santillo e do atual, Marconi Perillo, em mandatos anteriores e neste, sempre com grande reconhecimento. Hoje, trabalha para sair dos bastidores e passar ao primeiro plano da política goiana.
José Mário, futuro integrante do PSD, também já não goza de muita juventude. Sua vantagem é a influência. O presidente da Faeg caminha para herdar o segmento representado por Ronaldo Caiado (DEM) e pode inibir a candidatura do tucano Leonardo Vilela. Sua articulação é nacional. Ligado à senadora Kátia Abreu, o líder dos agropecuaristas goianos é cotado como futuro presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Novos. São novos nomes na política de Goiás. Se terão novas, ou velhas, práticas… Outra história.