Para resolver o escândalo provocado pela denúncia de O Popular sobre a criação em segredo de cargos com supersalários, o presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin, tentou jogar a batata quente da crise – e da consequente falta de transparência da Casa – nas mãos do ex-presidente Jardel Sebba e do atual líder do governo Fábio Sousa.
A assessoria de Valin abriu uma ofensiva de comunicação, que atribuiu a Jardel a criação dos supersalários e a Fábio Sousa o atraso na tramitação do projeto que regulamenta a Lei de Acesso à Informação em Goiás.
Mas não funcionou. Deu zebra.
Jardel ficou calado (e não jogou combustível na fogueirta) enquanto Fábio reagiu à altura, dizendo que o atraso era culpa do próprio Valin, que ocupava a liderança do Governo, e ainda hoje, como presidente, não colocou até agora a matéria em votação.
O resultado é que Valin continua sob fogo intenso dos veículos de comunicação, das redes sociais, da sociedade e do Ministério Público.