segunda-feira , 29 abril 2024
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Organização do debate em O Popular falhou e não seguiu o próprio compromisso de “focar na discussão de propostas”

O jornal O Popular descumpriu a sua própria orientação e, na parte em que a sua comissão organizadora teve influência sobre a condução do debate desta segunda-feira entre os candidatos, passou longe do objetivo de “focar na discussão de propostas” – tal como anunciado por escrito nos textos e matérias publicados antes do evento.

É óbvio: se o objetivo do jornal era “focar na discussão de propostas”, a escolha das perguntas dos leitores e as questões apresentadas pelos dois jornalistas que representaram o Grupo Jaime Câmara, no debate, Caio Salgado e Fabiana Pulcineli, deveria ter como prioridade as idéias, projetos e posições dos candidatos sobre os temas que interessam à população do Estado.

Mas não foi o que aconteceu.

As perguntas selecionadas para sorteio, dentre as encaminhadas pelos leitores, só eventualmente tinham a ver com as propostas dos candidatos. E, no caso dos questionamentos dos dois jornalistas que atuaram em nome do GJC, nenhum deles, Caio ou Fabiana, abordou assuntos relacionados com uma visão de futuro para Goiás – propostas, enfim.

Não que as perguntas tenham sido boas ou ruins. Não é isso. O que houve é que as perguntas, tanto dos leitores quanto dos jornalistas, nada tiveram a ver com a diretiva prevista para o debate pelo próprio jornal O Popular.

E saiu de tudo. A primeira pergunta, enviada por uma “leitora” de araque, que é assessora de um deputado de oposição e mantém perfis agressivos nas redes sociais contra o governador, partia da afirmação de que as filhas de Marconi estudam na Suiça. Em um debate serio, isso teria de ser averiguado antes de ser lançado no ar. Caio Salgado se amiudou perguntando sobre fakes em redes sociais. Fabiana Pulcineli sobre o grande número de shows artísticos que Vanderlan promoveu em Senador Canedo. Outro leitor queria saber sobre os encontros sorridentes e repletos de abraços e afagos entre Antônio Gomide e o governador Marconi Perillo. E por aí afora, sem nada a ver com propostas e idéias. Um vexame e tanto para um veículo de comunicação do tamanho de O Popular.

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