A entrevista do ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, ao Jornal Anhanguera 1ª Edição deve ter tirado votos do candidato do PT a governador.
Gomide acha que resolve qualquer assunto e sai de qualquer pergunta, mesmo como as mais constrangedoras (como as feitas a ele por Marcelo Rosa e Lilian Lynch), apenas com um bom jogo de palavras.
Repare, leitor: Gomide não responde racionalmente a nenhuma questão. Ela solta o palavrório e passa longe daquilo que a pergunta feita realmente exigiria dele.
Exemplo: Lilian Lynch perguntou como é que alguém, como Gomide, que defende tanto a Educação, deixa a Prefeitura de Anápolis com um déficit de 6 mil vagas na área do Ensino Fundamental?
A resposta? Não houve. Gomide falou, falou, mas passando bem longe do que interessava explicar: por que ele, que promete valorizar a Educação, se for eleito governador, não valorizou em Anápolis, onde, hoje, segundo dados da própria Prefeitura, faltam 6 mil vagas no Ensino Fundamental?
Outra pergunta foi sobre o isolamento da sua candidatura. Ninguém, fora do PT (e mesmo assim olha lá, lembrou Marcelo Rosa) apóia Gomide. Aliás, as lideranças nacionais do partido também não apóiam, já que nenhuma veio a Goiás, até hoje, para ajudar Gomide. A presidente Dilma, lembrou Marcelo Rosa, chegou a visitar Anápolis, mas sem convidar o candidato petista a aparecer no evento do qual ela esteve.
De novo, Gomide não respondeu. Falou, falou e não disse nada. Mesmo porque não há como ir contra a uma verdade tão acachapante: nem Dilma nem qualquer outra figura de importância do PT nacional jamais se manifestou a favor do candidato, a não ser uma burocrática e fria declaração do ex-presidente Lula, que Gomide colocou uma ou duas vezes no seu programa de televisão e logo escondeu, tamanha a falta de entusiasmo do líder maior do PT.
A candidatura de Gomide é um fiasco. E é assim porque o ex-prefeito é presunçoso, só tem como argumento a sua suposta aprovação quando foi prefeito e absolutamente mais nada. Logo, a sua entrevista ao Jornal Anhanguera 1º edição também foi… o mesmo fiasco.
