Reparou um detalhe, leitor: no debate promovido pelo jornal O Popular ou nas sabatinas a que comparece, como a do Jornal Anhanguera 1º Edição, nesta semana, o candidato do PT a governador, Antônio Gomide, sequer citou o nome da presidente Dilma Rousseff.
Pois é: uma das conseqüências nefastas (para o PT) da fracassada candidatura de Gomide é que Dilma ficou sem campanha em Goiás. A reeleição da presidente é uma questão esquecida dentro das fronteiras goianas e o resultado é que as pesquisas são cruéis e mostram a petista disputando o segundo lugar com Aécio Neves e em queda.
A candidatura de Gomide, isolada, sem partidos aliados e sem apoios de peso, além da falta de estrutura, acabou se refletindo negativamente na presidente Dilma. Não há em Goiás nem sequer uma distribuição de santinhos, quanto mais alguma ação efetiva a favor da reeleição dela.
E Gomide – e seu irmão, o deputado federal Rubens Otoni – não estão nem aí. Além de não mencionar o nome da presidente, o que pode ser facilmente constatado nas suas redes sociais, onde Dilma nunca é lembrada, Gomide acabou arrastando a campanha petista para baixo – já que não decolou nas pesquisas nem montou qualquer tipo de campanha que possa ser levado a sério.
O fiasco que se aproxima, portanto, virá em dose dupla: para Gomide e para a votação de Dilma em Goiás.