quinta-feira , 16 janeiro 2025
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Oposição não conseguiu acertar o tom, nesta campanha, por escolher temas de última hora e montados em raciocínios falaciosos

É óbvio – e as pesquisas demonstram abundantemente – que a oposição não conseguiu acertar o tom na atual campanha eleitoral, permitindo que o governador Marconi Perillo navegasse desde janeiro em 1º lugar nas pesquisas, em tendência de alta, com redução da sua rejeição e aumento da aprovação do seu Governo.

Onde a oposição errou? O primeiro equívoco é fácil de ser identificado: tanto Iris Rezende quanto Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide atiraram suas críticas dentro de uma visão de caos, de terra arrasada do Estado. Esse discurso corresponde a uma estratégia já vencida, que vai de encontro à percepção das pessoas (que, no mínimo, anotam a existências de coisas boas, coisas ruins e coisas medianas em Goiás) e também incomoda, porque ninguém gosta de ouvir dia e noite que o lugar onde vive é uma porcaria.

O segundo equívoco está no oportunismo fácil das críticas. Nenhum dos candidatos oposicionistas foi capaz de formular uma avaliação estrutural e conjuntural do Estado, preferindo, os três, se concentrar em aspectos momentâneos levantados pela mídia, como a questão da segurança ou a transação envolvendo a Celg. Na segurança, os oposicionistas insistem que a culpa pela violência é do Governo e suprimem os efeitos da legislação penal frouxa, que solta amanhã os bandidos presos hoje. Os estudos qualitativos mostram, com clareza, que, para a população, o Governo pode, sim, melhorar a sua ação na segurança, mas a lei criminal precisa ser endurecida. Há ainda um outro fator que multiplica a violência, apontado por 60% dos entrevistados em uma recente pesquisa Datafolha, que é a “maldade humana”. Para a oposição, a legislação e o fator individual não contam, quando o assunto é segurança pública.

O problema da Celg constitui-se em outro erro grave de Iris, Vanderlan e Gomide, que desfiaram igualmente o discurso de que Goiás “perdeu” a companhia. Não é assim que a sociedade enxerga o episódio. De novo, estudos qualitativos evidenciam que a solução para a Celg marcou pontos positivos para o governador Marconi Perillo e que, para a população, o importante é a garantia de energia elétrica e não se propriedade da empresa fornecedora é de A ou B. Tudo o que os Iris, Vanderlan e Gomide disseram sobre a Celg foi desperdício de tempo, com um acréscimo: é público e notório que os problemas da companhia tiveram origem na venda de Cachoeira Dourada, assunto que, apesar ocultado por Iris com a ajuda de Vanderlan e Gomide, não sai da cabeça do eleitor e credencia a ação do governador Marconi Perillo celebrando o acordo com o Governo Federal para investir na Celg como favorável aos goianos e produto do prestígio nacional e da habilidade do tucano para negociar.

A oposição falhou, portanto ao definir o conteúdo das suas críticas. E, na forma, se enganou mais profundamente ainda, ao escolher o caminho da agressividade e das expressões desrespeitosas contra o governador. Não foi atoa que nenhum dos candidatos – Iris, Vanderlan e Gomide – conseguiu subir nas pesquisas até hoje.

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