O empresário Vanderlan Cardoso passou a campanha reclamando das pesquisas, garantindo que estava empatado no 2º lugar com Iris Rezende e implorando aos eleitores para que cada um fizesse a sua pesquisa.
“Faça a sua pesquisa”, era o bordão de Vanderlan. O problema é que pesquisas são uma questão complexa e não é qualquer um, sem a metodologia científica necessária, que pode sair por aí “fazendo a sua pesquisa”.
Neste sábado, em O Popular, Vanderlan apresenta uma “prova” de que as pesquisas estavam erradas. Diz que alguns institutos chegaram a dar a ele 6% das intenções de voto, mas que, no resultado final das urnas, acabou tendo 15%.
Falso. Em alguns momentos da campanha, Vanderlan teve, sim, 6% das intenções de voto. Isso é normal, ou seja, naquele momento, ele estava, sim, com esse percentual baixo. Depois, subiu. E as pesquisas finais de cada instituto – Serpes, Ibope, Grupom, Fortiori e Veritá – registraram com exatidão essa evolução. No último levantamento de cada instituto, antes da data da eleição, Vanderlan apareceu com índices entre 12% e 15%, o que, levando obrigatoriamente em consideração a margem de erro, bateu exatamente com o que o milionário obteve nas urnas: 15%. Um acerto espetacular do 5 institutos que atuaram no 1º turno, em Goiás.
Portanto, é conversa fiada de Vanderlan essa estória de que ele foi vítima das pesquisas. Não foi. Perdeu porque não tinha estrutura, não tinha apoio, não tinha tempo de televisão, não tinha propostas convincentes e porque, com tudo isso, a sua candidatura não conseguiu convencer os eleitores – só isso.