Artigo devastador de Fabiana Pulcineli, na edição desta segunda do POP (como diria Euler Belém, do Jornal Opção), comprova que a oposição em Goiás vai mal simplesmente porque não sabe… fazer oposição.
Pulcineli saca da história recente de Goiás o exemplo do governador Marconi Perillo, que, em 1998, quando as forças oposicionistas goianas estavam exatamente como hoje, divididas e se alfinetando mutuamente, elaborou uma estratégia baseada em um projeto para o Estado e acabou saindo candidato d aoposição unida e ganhou a eleição.
Diz a jornalista: “Marconi e outras lideranças do bloco oposicionistas começaram a investir em projetos e bandeiras e nessa aproximação com entidades e movimentos sociais. “No momento, o debate não deve recair em torno de pessoas, mas de propostas e projetos para Goiás”, disse o tucano, há exatos 16 anos – em 15 de abril de 1997, depois de ter seu nome lançado na mesa do jogo sucessório”.
E mais: “Isso não ficou só no discurso. Em maio daquele ano, o grupo começou a se basear em pesquisas e reuniu seus quadros para desenvolver um programa estratégico de governo, que batia na tecla da ousadia, da modernidade, do crescimento econômico do Estado, de novas práticas políticas, do novo. “É natural que cada partido tenha sua filosofia, suas posições e seus objetivos. A aglutinação será em torno de um plano estratégico”, dizia Marconi, completando que uma proposta qualificada e superior a do PMDB garantiria unidade e vitória”.
Pulcineli recorda que o grupo de Marconi lançou o “projeto Goiás Século 21, que tinha como objetivo abrir uma ampla discussão, envolvendo entidades, população e meio acadêmico, para discutir o tal plano estratégico para o Estado”.
Meses depois, Marconi ganharia a eleição para governador de Goiás.
“E o que se vê hoje na oposição?”, pergunta Pulcineli.
Ela mesmo responde: “Um grupo que almeja o governo não pode se calçar só nos problemas do outro lado. A oposição segue enfraquecida nesse sentido”.