O presidente da Câmara, Anselmo Pereira (PSDB), e a sua turma querem aprovar projeto de lei que obriga o prefeito Paulo Garcia (PT) a reservar R$ 35 milhões do orçamento para obras nos currais eleitorais dos vereadores. Esta proposta deve ser aprovada pelo poder Legislativo na próxima semana.
O golpe não poderia vir em pior hora: o município enfrenta grave crise financeira e, com aval da Câmara, acaba de recusar o pagamento retroativo da data-base salarial aos servidores públicos (que custaria R$ 44 milhões).
Para amenizar a mancada, Anselmo inventou um nome bonito para o projeto que defende: “gestão participativa” do orçamento de Goiânia. Na prática, o que ocorre é que o presidente da Casa está prestes a enfiar a faca na barriga no prefeito em nome de ambições políticas pessoais.