sábado , 18 maio 2024
GoiásImprensa

Luiz Signates, professor da UFG: “Usar as inserções na TV para bater por bater, como fazem PMDB e DEM, sem apresentar projetos, não agrada ao eleitor”

Em análise sobre as pílulas do PMDB e do DEM na televisão, a pedido do Diário da Manhã, o professor Luiz Signates, que leciona Ciência Política e de Pesquisas na UFG, enfatiza que fazer críticas aos governantes é papel da oposição, mas que, ao mesmo tempo, é necessária a formulação de projetos convincentes e alternativos de poder. “Bater, por bater, não tem resultado prático junto ao eleitor. A crítica isolada, sem se basear em fatos e sem consistência, não funciona e não agrada à população.”

Nos últimos 30 dias, o horário nobre da TV goiana foi invadido por inserções do PMDB, protagonizadas pelo presidente do partido e deputado federal Daniel Vilela, e do DEM, apresentadas pelo senador Ronaldo Caiado, com pesadas críticas ao governo do Estado. Ato contínuo, a Justiça Eleitoral suspendeu a veiculação dos vídeos, entendendo que o horário deveria ser destinado à propaganda partidária e não apenas a críticas, muitas vezes pessoais, contra os adversários.

Luiz Signates sustenta que, “nas últimas eleições o PMDB e o DEM têm adotado a prática de ataques sistemáticos aos governos de Marconi e os resultados não são favoráveis à oposição. Está claro que os peemedebistas e democratas utilizam a propaganda política para tentar desgastar a imagem do governador Marconi Perillo, mas as urnas comprovam que eles não conseguiram alcançar esse objetivo’.

O cientista político lembra que a “agressividade política, com ataques aos adversários é ponto marcante no perfil do senador Ronaldo Caiado. Ele faz política assim, com muita contundência e duros ataques ao governo Marconi, desde que se lançou candidato a senador, em 2014. O PMDB de Iris Rezende também prefere as críticas pesadas do que levar ao eleitor um conjunto de propostas alternativas para uma futura administração no Estado. O problema é que o eleitor nem sempre aprova esse estilo de atuação dos partidos e dos políticos “, conclui.