Em texto assinado pelo jornalista Helvécio Cardoso, o Diário da Manhã desta quarta-feira critica reportagem publicada em O Popular, no dia 26 de dezembro, sobre a dívida pública de Goiás. De acordo com o Diário da Manhã, a reportagem “limita-se a expor alguns dados que, longe de explicar a divida, escondem o essencial”. A reportagem é de Fabiana Pulcineli, repórter que ultimamente está sendo muito contestada sobre a qualidade dos textos e a precisão das informações.
É frequente ela ser desmentida ou questionada.
Pulcineli é identificada em algumas áreas como uma jornalistas parcial que não esconde ações para prejudicar o governo.
As falhas da jornalista colocam em xeque a credibilidade do jornal, que ainda aposta na repórter, apesar de a ter colocado na geladeira nos últimos meses em função destas derrapadas constantes e das muitas reclamações que recebe de leitores e autoridades.
O DM publica que levantamento realizado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) junto aos dados da Dívida Fundada do Estado mostra que a totalidade das operações de crédito contratadas pelas gestões governador Marconi Perillo foi aplicada em obras de infraestrutura econômica e social, gerando emprego e com impacto positivo sobre a arrecadação.
Isso Pulcineli não registrou no texto que fez para O Popular.
A dúvida é se ela vai responder Helvécio ou simplesmente ignorar o debate.
Veja abaixo o texto na íntegra:
Dívida pública: a mão morta que estrangula o País
Postado por Helvécio Cardoso em 28 de dezembro de 2017
Em sua edição de 26 de dezembro, O Popular publica reportagem, assinada por Fabiana Pulcinelli, tendo a dívida pública de Goiás como tema. A matéria falha em vários sentidos. A reporte limita-se a expor alguns dados que, longe de explicar a dívida, escondem o essencial. As análises ficam por conta do senhor Silvio Vieira Lima, burocrata da Secretaria da Fazenda, chefe da repartição que gerencia a dívida.
Como se estivéssemos numa gincana para se saber qual dos governadores endividaram mais o Estado, O Popular destaca Marconi Perillo como campeão. Governando Goiás pela quarta vez, seria impossível que não fosse. O assunto “dívida goiana” sempre deu azo a todo tipo de demagogia barata. Opositores adoram lançar à face dos governantes a “herança maldita” que deixaram aos sucessores. O próprio Marconi, quando fazia oposição aos governos do PMDB, não se fez de rogado e usou abusivamente do problema do endividamento como retórica de guerra política. Hoje em dia, volta-se contra ele o mesmo discurso leviano que, ao invés de buscar soluções para o problema, reduzem-no a uma questão moral de péssimo gosto.
Nenhum governador, de Otávio Lage a Marconi Perillo, passando por Leonino Caiado, Irapuan Costa Júnior, Ary Valadão, Iris Rezende, Henrique Santillo, Maguito Vilela, nenhum governador, repito, fez dívida para jogar dinheiro para cima. Os empréstimos pagaram as estradas, as pontes, as usinas hidroeléticas, os hospitais: enfim, a infraestrutura e outras benfeitorias que não poderiam ter sido feitas apenas com as receitas correntes. Nenhum governador, ou ex-governador, merece ser insultado em virtude do envidamento do Estado.
Segundo a reportagem de O Popular, Goiás fecha 2017 com uma dívida consolidada de 19,45 bilhões de reais. Mostra um quadro evolutivo desta dívida, partido do ano 2000, quando, segundo o gráfico, a dívida era de 8,36 bilhões de reais. Como ela pulou de 18,3 para 19,4, isto não é explicado. Aliás, não é sequer citada a fonte desses números.
Mas vamos seguindo. A mesma matéria relaciona os “empréstimos adquiridos nas últimas gestões”. Começa com o governo de Maguito e vai até os dias de hoje. Somando todas as operações, desprezando-se a inflação do período, temos um total de 7,63 bilhões de reais. Esta é, portanto, a dívida total do Estado referente a operações financeiras realizadas nos últimos 18 anos. Segundo o jornal, somente o governo de Marconi agregou ao estoque da desta dívida mais de cinco bilhões. Vence, portanto, a gincana.
Mas a gincana em questão é mera diversão para burros. A questão é: por quais artes mágicas um Estado que, nos últimos anos tomou emprestado algo em torno de 7,63 bilhões de reais, está devendo 19,45 bilhões? Ou seja:mais da metade. Quando fazia oposição, Marconi acusava Maguito de lhe deixar uma dívida de algo em torno de 9 bilhões. Suponhamos que o governo Marconi tenha produzido um endividamento de 6 bilhões, o que não é exato – o vor é bem menor -, mas vamos argumentar nessa linha. O endividamento seria de 15 bilhões. De onde surgiram os 4,5 bilhões? Esta pergunta não foi feita. Nunca é feita.
Outra pergunta que não se faz – eu já tentei obter este número juntos às autoridades, mas nunca obtive a informação – é: quanto o Estado já amortizou, até hoje, de sua dívida? Acho que terei que mandar um ofício à CIA para obter a resposta.
Desde meados do governo Henrique Santillo o Estado de Goiás vem pagando, todo mês, uma parte da dívida. O primeiro termo assinado entre o governo do Estado e o governo federal, estipulava um prazo de trinta anos para o pagamentos parcelado da dívida, à base de 16% da receita líquida. O saldo devedor deveria ser renegociado mais tarde. Depois vieram novas pactuações e este índice baixou. Mais de trinta anos depois, Goiás continua devendo.
Como se explica este transordinário fenômeno de uma dívida que cresce à medida em que vai sendo paga? Isso também não é explicado, embora os estudiosos do assunto já tenham matado a charada faz tempo.
A ESTRUTURA DA DÍVIDA
O conceito de dívida consolidada por ser bastante funcional, e muito eficiente para embasar discursos oposicionistas. Mas é um conceito enganador. A dívida goiana possui três categorias de credores: o Tesouro Nacional, as instituições oficiais de crédito (BB, CEF, BNDES etc), e os bancos privados. A reportagem de O Popular não faz esta análise. Vamos fazê-la. Temos que nos servir de dados do Banco Central, disponíveis a qualquer um que saiba ler no site da autarquia.
De acordo com o BC, os dados referentes a Goiás, até outubro deste ano (novembro de dezembro ainda não foram contabilizados) são os seguintes: total devido ao Tesouro nacional: R$ 8.827.391.621,04; total devido às instituições oficiais: R$ 9.557.631.964,04; total devido às instituições privadas: R$119.479.097,31; total geral R$18.504.502.682,39.
O número divulgado por O Popular, 19,45 bilhões. Pode ser uma projeção realizada pelos técnicos da Fazenda, já que não temos ainda os resultados de novembro e dezembro. Mas isso não é informado ao leitor.
O assim chamado âmago da questão é a dívida junto ao Tesouro Nacional, que equivale a quase metade da dívida total do Estado. Qual é a orgiem desta dívida? Sobre este pondo, voltaremos lá na frente. Há algumas considerações importantes sobre a dívida que precisam ser feitas, embora ninguém faça.
A DÍVIDA E SEUS RELATIVOS
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Quatro Estados – justamente os mais ricos – respondem por 83% de todo o débito com o Tesouro Nacional. Entre os municípios, a concentração também é grande. Só a dívida do município de São Paulo é maior que a de Goiás. Goiás aparece em quinto lugar em termos absolutos. Alagoas é o Estado que possui o menor endividamento. Mas, enquanto a dívida de Alagoas representa 26% do PÌB alagoano, a dívida Goiana representa apenas 12% do nosso PIB. Em termos relativos, Alagoas está pior do que Goiás.
Debater o endividamento dos Estados e dos municípios é levar o perfil da dívida e a concentração ao redor de uma meia dúzia de entes federados. De início, deve-se separar os valores que têm a União como credora e as dívidas junto a bancos privados, internos e externos. No caso dos Estados e especificamente da cidade de São Paulo, muito em função das renegociações feitas a partir da Lei 9.496/1997 (aí incluídas as dos bancos estaduais, por meio do Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária – Proes) e da MP 2.185/2000 (para os municípios), há um amplo predomínio dos débitos junto ao Tesouro Nacional, em torno de 90%.
A dívida total dos Estados e municípios junto à União se aproxima do meio trilhão de reais, do qual cerca da metade pertence ao Estado de São Paulo (R$ 188 bilhões) e ao município de São Paulo (R$ 57 bilhões). Entre os Estados, 83% dos débitos concentram-se em apenas quatro unidades da Federação. Entre os municípios, os dez maiores devedores respondem por 95% do total.
O consultor legislativo do Senado, Josué Alfredo Pellegrini, que a anos estuda o problema, explica que, como tinham porte para obter financiamento junto ao mercado de capitais, eram os Estados com importante parcela da dívida na forma de títulos públicos, muito vulneráveis aos aumentos da taxa de juros. Já nos Estados menores, notadamente do Nordeste, boa parte do passivo tinha a União como credora, em condições menos sujeitas às oscilações nas taxas de juros, ainda mais após a renegociação feita em 1993”, detalhou ele no estudo “Dívida Estadual”, de 2012,
Convém acrescentar o seguinte: Nos tempos da ditadura, Estados e municípios obtinham dinheiro farto junto à banca internacional. Juros quase simbólicos, conquanto variáveis, e prazos a perder de vista. Mas vieram as crises do petróleo, As praças de Londres e de Nmova Iorque elevaram drasticamente tuas taxas de juros. A dívida explodiu. O Brasil entrou em default em l982. No final do governo Sarney, os credores externos impuseram uma condição para retomar a negociação da dívida brasileira: a União teria que se sub-rogar credor das dívidas dos Estados e dos Municípios. E assim se fez. A dívida externa brasileira foi renegociada. Sendo as negociações concluídas no governo de Itamar Franco.
O Brasil trocou os antigos contratos por “bonds” negociáveis, com prazos variando de 10 a vinte anos e juros anuais de 4%, mais 10 anos de carência. Foi esta negociação que tornou viável o plano real. Outros “bonds” foram lançados, com prazos mais longos e a juros menores. A dívida junto ao FMI foi quitada. A dívida externa do Brasil, hoje, somando a do setor público com a do setor privado, dá pouco mais de 300 bilhões de dólares. Nossas reservas internacionais já passam dos 380 milhões de dólares. Se toda dívida externa vencesse antecipadamente, nossas reservas internacionais responderiam por elas com folga, e sobraria ainda muito dinheiro. É uma dívida virtualmente paga. No entanto, até hoje a União cobra dos entes federados aquelas dívidas contraídas lá atrás, nos tempos da ditadura.
A ORIGEM DA DÍVIDA
Nascida na ditadura, a dívida dos Estados e municípios foi agravada pelo Plano Real. As dívidas dos Estados e dos municípios começaram a se cristalizar na década de 70, quando a gestão tributária centralizadora da União, no regime militar, comprometia a capacidade de gerar receita dos governos estaduais. Os empréstimos externos se destacavam como principal fonte de financiamento dos Estados, facilitados pela ausência de normas de transparência e de responsabilidade fiscal.
“Ao se analisar as resoluções do Senado que autorizavam esses empréstimos externos, constata-se que os crédito eram contratados sem a devida transparência, uma vez que os documentos omitem, na maioria das vezes, o agente credor e as condições dessas operações, como a taxa de juros incidente, as despesas operacionais, acréscimos e o número de parcelas da amortização”, leciona a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, um das maiores autoridades e, matéria de dívida pública. A informação está no site da “Auditoria Cidadã”
Na década de 80, as principais fontes de financiamento dos Estados passaram a ser a Caixa Econômica Federal e as chamadas Obrigações do Tesouro Nacional. Além dessas obrigações, os estados também eram autorizados a emitir títulos dos Tesouros estaduais. “A arbitrariedade e a falta de transparência com que esses títulos eram emitidos contribuíram para a escalada da dívida mobiliária, o que mais tarde se tornou um forte argumento para a renegociação dessa dívida com a União”, descreve ela.
A partir de 1983, afetados pelos efeitos do acordo de socorro econômico entre o Brasil e o Fundo Monetário Internacional (FMI), os estados foram até “incentivados ao endividamento pela União, como forma de financiar o déficit público gerado pela política tributária”, completa Fatorelli. Por isso, nos dez anos seguintes, o cenário se agravou. Em seu estudo Dívida Estadual, Josué Pellegrini relata que a dívida líquida dos estados e municípios triplicou entre 1989 e 1998 (de 5,8% para 14,4% do PIB), respondendo por 39% de todo o endividamento público.
Todos os especialistas que a chegada do real, em 1994, seguida de outras medidas adotadas pela União, foi o ponto de viragem. A estabilidade da moeda acabou com os ganhos inflacionários, forçando estados e municípios a uma abrupta e acentuada redução de receita.
“O controle da inflação acabou com a possibilidade de corroer o valor real das despesas públicas, de forma a acomodá-las às receitas disponíveis. O fator derradeiro para agravar a situação financeira dos Estados foram as elevadas taxas de juros requeridas para manter a inflação sob controle nos primeiros anos de vigência do Plano Real [taxas que incidiram sobre os títulos de dívida pública]”, explica Pellegrini.
Fica clara, em vários documentos, a de responsabilidade do governo federal nas dificuldades financeiras enfrentadas pelos estados. O drama fiscal dos estados e do Distrito Federal agravou-se após a implementação do Plano Real, com a política monetária restritiva adotada pelo governo. O mercado passou a exigir taxas de juros cada vez mais elevadas. A combinação de juros altos com inflação baixa foi, segundo vários estudiosos, desatou a sangria do endividamento. Em novembro de 97, a inflação já estava em 0,17%. E a União, naquele mês, quando foi impulsionada uma série de assinaturas de contratos de renegociação da dívida, estabeleceu uma taxa Selic anual de 45,67%.
A relação de causa e efeito está também evidenciada no relatório final da CPI da Dívida Pública da Câmara dos Deputados, de 2010: “O comportamento das dívidas estaduais, antes de sua assunção pelo governo federal, foi afetado de maneira decisiva pela política de juros reais elevados implantada após o Plano Real e tornou inevitável um novo programa de refinanciamento, desta vez em caráter definitivo”.
Um dos primeiros setores diretamente afetados pela nova realidade de inflação perto de zero foi o bancário. Com dois programas sucessivos, o governo federal lançou operações de salvamento no setor privado (Proer, 1995) e no público (Proes, 1996), para contornar o risco concreto de insolvência no sistema financeiro. Os empréstimos para socorro dos bancos estaduais responderam por 55% do valor total refinanciado pela União. Os bancos públicos foram todos ou liquidados pu passados à inciativa privada, por decisão política da autoridades monetária.
O assunto ainda hoje é polêmico, com gente concordando e gente criticando. Mas trata-se fato consumado. Bancos públicos já eram.
A VOZ DO CREDOR
O fundamental é que o rápido aumento da dívida estadual levou a União a renegociá-la, o que se deu com base na Lei 9.496/1997, estabelecendo o IGP como índice de correção monetária. É também uma discussão complexa a escolha dos índices de correção monetária da dívida. Em 1997 e 1998, até mesmo em 2006, o IGP era mais baixo que a Selic. Depois de 2007, a Selic passou a ser mais baixa na maior parte do tempo, mas o que é importante é que, em todos os anos, o IPCA foi mais baixo.
O secretário de Finanças da cidade de São Paulo, Marcos de Barros Cruz, diz que em poucos anos o cenário mudou radicalmente. “Ocorreu uma inversão completa. De um contrato onde, originalmente, havia um subsídio da União para os municípios poderem equilibrar as suas finanças, inverteu-se a lógica e se passou a ter um contrato onde a União tem uma margem de lucro muito grande”, critica Marcos Cruz.
Na visão da Secretaria do Tesouro Nacional, o esforço valeu a pena. “Ao longo da existência dos programas de ajuste fiscal, por conta da adoção de uma postura consistente com a manutenção do equilíbrio fiscal e com a estabilidade macroeconômica, os resultados alcançados pelos estados foram significativos, em especial na redução do endividamento”, afirma, em seu site.
A STN sustenta ainda que considera normal a revisão dos programas, que estaria de acordo com entendimento do governo federal de que deve haver compartilhamento dos benefícios da estabilidade econômica entre os entes que se esforçaram e mantêm a situação fiscal equilibrada.
No fundo, é tudo conversa mole. É papo de agiota. A dívida dos estados para com a Secretaria do Tesouro é impagável. A STN avalia, em documento público, que, lá pelo ano 2050, os estados ainda estarão amortizando a dívida. Uma dívida sem contrapartida, que já foi várias vezes pagas, e que cresce mais e mais por obra e graça de encargos financeiros draconianos, artimanhas contábeis efeitos deletérios de medidas do governo central nas economias estaduais
O Plano Real, que praticamente zerou a chamada receita inflacionária; a Lei Complementar 87/1996, chamada de Lei Kandir, que reduziu o ICMS cobrado na exportação de produtos primários e semielaborados; A adoção de taxas de juros básicas que se situavam entre as mais altas do mundo; e Mecanismos de restrição ao crédito e aumento do compulsório bancário (retirando dinheiro em circulação), que inibiram a atividade econômica e deprimiram as receitas – tudo isso produziu o brutal endividamento dos estados brasileiros.
A solução política Não há solução contábil para a dívida dos Estados. Apesar de injusta, porque corrigida por critérios típicos de agiotagem e não ter contrapartida, esta é uma dívida da qual nenhum governante da União abre mão. Parte dela é repassada aos credores da dívida pública interna, que é uma das maiores do mundo e já vai se aproximando de algo em torno de 100% do PIB. Os grandes credores, que são os bancos, lutam pelo recebimento dessa dívida para remunerar seus clientes, aqueles correntistas que fazem aquela aplicaçãozinha sugerida pelo seu gerente.
A lógica da economia brasileira, hoje, é esta: o produto de todo o esforço da nação é direcionado para o pagamento da dívida pública. É um sistema perverso, que empobrece o país e, segundo Maria Lúcia Fatorelli, é a verdadeira corrupção que vai a passos largos corroendo as bases econômicas da nação.
Impagável a dívida, pelas regras impostas autoritariamente aos devedores, a solução posta é o não pagamento. A solução é o repúdio da dívida pelos estados. Mas isto exigiria dos governadores um trabalho intenso de articulação política que pressupõe a existência de um líder regional capaz de, apoiado nas massas populares, conduzir a luta dos estados contra a União. Este líder talvez ainda nem tenha nascido.
Outra pergunta que não se faz – eu já tentei obter este número juntos às autoridades, mas nunca obtive a informação – é: quanto o Estado já amortizou, até hoje, de sua dívida? Acho que terei que mandar um ofício à CIA para obter a resposta”