O segmento partidário dito de oposição, em Goiás, está dando um verdadeiro show de contradições e desorientação política.
Júnior Friboi acaba de acusar Vanderlan Cardoso de traição. “Ele agiu na calada da noite, procurou na surdina o governador Eduardo Campos e pegou o PSB sem me avisar”, disse Júnior, contando que tinha um acerto com Vanderlan para uma ação conjunta nas próximas eleições.
Ao mesmo tempo, Iris Rezende e Ronaldo Caiado, além de Vanderlan e Friboi, articulam suas candidaturas a governador. Iris sequer vai à filiação do rei do carne, que atrapalhadamente fala como candidato do PMDB e irrita o velho cacique peemedebista. Friboi, “inteligentemente”, articulou a sua filiação ao PMDB a partir de Brasília, passando por cima do comando de Iris.
Trapalhadas também são a praia de Caiado e Vanderlan. Os dois deixaram vazar que Vanderlan estava assumindo o PSB de cima para baixo e os membros do partido, em Goiás, resolveram criar dificuldades. Ninguém conversou com eles, como é a regra na política.
Caiado ainda foi mais longe: avisou que, eleito governador, vai conduzir o Estado longe dos políticos. A pergunta então é: e quem vai ajudá-lo a se eleger?
E o pano de fundo de toda essa confusão é a falta de ideias consistentes para Goiás. Nenhum desses “líderes” da oposição apresentou, até hoje, qualquer formulação, ainda que modesta, para justificar uma eleição para governador.
O que move a todos é o desejo cego de derrotar o governador Marconi Perillo.
Pouco, muito pouco para Goiás.