quinta-feira , 2 maio 2024
Goiás

Caiado sugere que vai mudar critérios de escolhas de alunos para colégios militares

Se for eleito governador, Ronaldo Caiado (DEM) pode mudar o critério de escolha dos candidatos a vagas nos colégios militares de Goiás, colocando em risco a permanência de estudantes que já estudam nestas escolas. A informação foi dada pelo próprio senador em entrevista à rádio Sagres 730 na manhã desta segunda-feira (14/5).

Caiado sugere que é preciso dar prioridade aos “jovens que estão muito vulneráveis à violência e ao narcotráfico”. Ele disse também que, caso vença as eleições, dará “apoio completo” aos colégios militares, o que contraria recomendação do Sindicato dos Trabalhadores dos Trabalhadores da Educação no Estado (Sintego). “Sugiro ao Sintego que reavalie sua posição”, afirmou.

O senador diz que, em seu eventual mandato, somente escolas em que houver disciplina dos alunos o atual modelo de ensino, que estimula valores como criatividade e liberdade, será mantido. “O que não pode é confundir uma condição de abertura de debate, de conhecimento com a situação do desrespeito, de violência”.

Outra declaração polêmica de Caiado na entrevista foi a de que ele admite retirar direitos dos servidores públicos do Estado para consertar eventuais desarranjos que ele tem certeza de que encontrará nas contas públicas.

“Qual o valor da dívida consolidada? Como os juros desta dívida estão sendo pagos? Tenho a certeza de que há esqueletos muito bem guardados neste armário. E aí eu pedirei a contribuição de todos vocês nesse processo, no que diz respeito aos funcionários públicos. eu vou depender dos funcionários públicos mais do que nunca para poder governar”.

Caiado afirma que o suposto sigilo nas contas do governo impedem-no também de apresentar propostas menos genéricas na eleição deste ano. “Eu, como médico, só posso dar diagnóstico se eu puder te examinar. Eu só tenho uma previsão de projeto. Não tenho como examinar as contas porque estão todas ocultas. Este processo é que dificulta você a elaborar um plano”, completa.

Texto publicado no Jornal Opção.