quinta-feira , 25 abril 2024
Goiás

Por inexistência de provas, Toffoli arquiva inquérito sobre Daniel 

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou arquivar inquérito que investigava o deputado federal e pré-candidato ao governo de Goiás Daniel Vilela (MDB), e seu pai, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela. Eles era investigados por supostamente terem recebido doações eleitorais por meio de caixa 2. A decisão atende argumentos da defesa dos emedebista de que todas as provas foram produzidas, ficando comprovado que o deputado não praticou qualquer irregularidade.

Daniel e Maguito foram citados por dois ex-executivos da Odebrecht: Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Alexandre José Lopes Barradas. Eles faziam parte da chamada “Lista de Janot” (procurador-geral da República, Rodrigo Janot), envolvendo dezenas de políticos que teriam recebido doações via caixa 2.  À época, os dois afirmaram categoricamente que nunca estiveram, falaram e sequer conheciam os delatores.

Na decisão publicada ainda nesta segunda-feira (2), o ministro Dias Toffoli, relator do caso no Supremo, afirmou que após 15 meses transcorridos e após duas prorrogações nos autos do inquérito inexistem elementos que constituam indícios mínimos de materialidade e autoria do crime.

“Fato é que o presente inquérito perdura por prazo significativo, com prorrogações sucessivas, sem que tenham aportado nos autos elementos informativos que possam ser considerados elementos corroboração às declarações dos colaboradores, ou provas outras”, escreveu o ministro. “Ante o exposto, determino o arquivamento do presente inquérito”, escreveu o ministro do STF.