A lua de mel do deputado Major Araújo (PRB) com a bancada de oposição parece ter durado pouco.
Em matéria publicada neste sábado (02) no jornal O Hoje, o parlamentar solta os cachorros sobre os ainda colegas da oposição e diz que se não forem revelados os nomes dos “traidores” que retiraram as assinaturas dos requerimentos de instalação de CPIs ele vai deixar a oposição e se tornar independente na Assembleia Legislativa.
O Major pediu ainda punição aos desertores, o que, convenhamos, é algo impossível de acontecer porque cada deputado responde por seus atos e tem liberdade para tomar a posição que quiser. Punir deputado é algo só possível em ditaduras e defender isso beira o fascismo.
Major Araújo apresentou requerimento para criar a CPI da Segurança, colheu as assinaturas suficientes, mas a comissão não será instalada porque pelo menos três deputados retiraram as assinaturas do pedido.
O presidente Helder Valin não revelou quem são os parlamentares que mudaram de ideia, mas as suspeitas recaem sobre Paulo Cezar Martins, Humberto Aidar, Simeyzon Oliveira, Ney Nogueira e Luiz Carlos do Carmo.
Major Araújo integrava a base aliada do governo, mas decidiu rumar para as bandas de oposição. Ele é conhecido por ser polêmico e recentemente chegou a afirmar que o passe de um deputado na Assembleia custaria R$ 3 milhões. No entanto, ele não apresentou provas.