sexta-feira , 19 abril 2024
GoiásSegurança

Caiado não quis ouvir entidades para definir comandos da PM. Resultado: instituição vive clima de revolta e crise

O clima de tensão e revolta na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar de Goiás é mais um reflexo do isolamento e da arrogância de Ronaldo Caiado (DEM) na tomada de decisões sobre a composição de sua equipe de auxiliares. O governador não quis ouvir as entidades de representação da categoria para ponderar suas escolhas para os comandos das corporações. Agora, enfrenta uma onda de insatisfação com as reclamações de perseguição feitas pelo Comandante Geral da PM, Ricardo Brum.

Em ofício encaminhado a Caiado em 7 de novembro de 2018, portanto quase dois meses antes da posse, Fórum Integrado das Entidades Representativas dos Militares e Pensionistas do Estado de Goiás sugeriu os nomes dos titulares dos diferentes comandos militares. A relação foi construída em consulta aos praças e oficiais. Caiado recebeu a lista em reunião com as entidades no gabinete do deputado estadual reeleito Major Araújo (PRP) e nunca mais voltou o assunto.

A tropa sempre preferiu o Coronel Ricardo Rocha para o posto de Comandante Geral. Ele é uma espécie de nome de consenso, respeitado por todos e sempre manteve uma relação harmoniosa e respeitosa com os policiais militares e as demais forças de segurança do Estado. É, além disso, considerado um exemplo de dedicação, abnegação e produtividade na PM, o que explica, em boa parte, sua liderança natural na instituição.

Veja abaixo o ofício enviado ao governador ainda em novembro do ano passado: