A “farra dos coronéis”, que ocorreu entre 2008 e 2010 e consistiu na promoção indiscriminada (sem critérios) de oficiais da Polícia Militar para o posto de coronel, foi objeto de decisão nesta quarta-feira do Tribunal de Justiça do Estado.
Entre 2008 e 2010 quem governava Goiás? Isso mesmo: Alcides Rodrigues e Jorcelino Braga. São eles os responsáveis pela “farra dos coronéis”.
O Tribunal de Justiça acatou ação civil pública protocolada pelo Ministério Público Estadual (caso raríssimo na Justiça goiana) e deu liminar proibindo o Estado de promover militares com base no instituto da agregação. A decisão, relatada pelo desembargador Carlos Alberto França, será mantida até julgamento do mérito. Segundo o texto da decisão, o magistrado considerou “possível desvirtuamento do instituto de agregação para criação artificial de vagas para o cargo do coronel da Polícia Militar do Estado de Goiás”.
O aumento expressivo das promoções a coronel da Polícia Militar no Governo Alcides-Braga gerou a figura do “coronel de corredor”, que possui a patente, mas não tem um batalhão para comandar. A situação ficou conhecida como “farra dos coronéis”, após o MP ter recebido denúncias de oficiais que teriam sido beneficiados por um suposto tráfico de influência do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, indiciado pela Operação Monte Carlo.