Mais um escândalo para a ficha do ex-governador Alcides Rodrigues – agora voltado para a sua mulher, Raquel Rodrigues, prefeita de Santa Helena até 31 de dezembro último.
Sucessor de Raquel, o atual prefeito, Judson Lourenço (PMDB), disse nesta quinta-feira em O Popular que recebeu dívidas no valor de R$ 20 milhões e que, por isso, a Prefeitura não tem como fazer investimentos para atender a população de Santa Helena.
Leia a matéria completa de O Popular:
Prefeito acusa dívida de R$ 20 milhões
Fernando Machado – De Rio Verde
O prefeito de Santa Helena de Goiás, Judson Lourenço (PMDB), acusa a gestão anterior do município de ter deixado quase R$ 20 milhões em dívidas para a atual administração. Com uma receita mensal de aproximadamente R$ 4 milhões, ele alega que a prefeitura perdeu a capacidade de fazer novos investimentos e que a escassez de recursos compromete até serviços essenciais.
Quase seis meses depois do início da gestão, ele afirma ter ficado surpreso com o montante deparado de pendências e restos a pagar. “Eu não tinha noção da extensão disso.” O relatório final da comissão de transição apontou em abril folhas em atraso, repasses não efetuados ao regime próprio de previdência e débito de R$ 5,1 milhões com a Celg. O rol também inclui débitos com fornecedores e 13º salário dos servidores. “Estamos represando recursos em áreas importantes para pagar compromissos feitos anteriormente.”
Antecessora
A ex-prefeita Raquel Rodrigues, que administrou o município de 2005 a 2012, não foi encontrada para comentar o assunto. O ex-secretário de Administração e Fazenda e membro da comissão de transição, Daniel Humberto de Souza, classificou o relatório de unilateral e mal elaborado. Segundo ele, a nova gestão tenta avaliar no campo político uma situação técnica para tentar imputar a culpa pelo desempenho alcançado até agora.
De acordo com Daniel Humberto, os valores arrolados como dívidas foram apresentados em duplicidade e sequer fecham com o montante da dívida total. Para ele, a avaliação foi embasada em uma análise preliminar da Controladoria Geral do Estado, apontando como supostas devoluções de recursos de convênios firmados com o governo estadual prestações que ainda estão sendo analisadas. Por fim, concluiu que o atual prefeito deixou dívidas superiores a R$ 20 milhões ao final do seu primeiro mandato em 2004.