quarta-feira , 24 abril 2024
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Efeito Caiado: confiança do empresário em Goiás cai pelo terceiro mês consecutivo e fecha março com 60,9 pontos

A confiança do empresário industrial, medida pela sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), tem apresentado oscilação nesse início de ano. Os resultados de março revelam queda no Índice de Confiança do Empresário Industrial Goiano (ICEI), que fechou o mês com 60,9 pontos, 2,6 pontos a menos que em fevereiro de 2019.

Segundo a área técnica da Fieg, o comportamento do ICEI nesse início de ano expõe instabilidade tanto com relação às condições correntes de negócios, quanto com as perspectivas futuras.

Na análise mensal, o maior impacto veio das empresas de pequeno porte, que – com queda de 2,6 pontos – fecharam o índice com 58,6 pontos, menor valor desde outubro do ano passado.

As empresas de médio porte também se mostraram menos otimistas do que estavam no mês anterior. O índice dessas empresas foi de 59 pontos, queda de 2,8 na comparação mensal. Entretanto, na comparação com março do ano anterior, houve ligeiro aumento, 0,5 pontos.

Igualmente, as empresas de grande porte acompanharam o comportamento das demais empresas sondadas, com queda na confiança na comparação de março com fevereiro, o que levou o índice aos 63,1 pontos.

Dentre os componentes do ICEI, a maior influência na queda de março comparada com o mês anterior foi do Indicador de Condições. O indicador apresentou queda de 4,2 pontos no período e voltou a se situar abaixo da linha divisória de 50 pontos, com 49,7. O resultado atual sinaliza uma piora no ambiente atual de negócios. Na comparação com março do ano passado, a queda foi de 5 pontos.

O Indicador de Expectativas, que mede as perspectivas para os próximos seis meses, também apresentou retração de 1,9 pontos na comparação com fevereiro, a segunda consecutiva nessa base de comparação, e -0,5 pontos na comparação com março de 2018.

A assessora econômica da Fieg, Januária Guedes, explica que as quedas apresentadas nesse início de ano não são suficientes para caracterizar pessimismo por parte dos empresários goianos quanto ao futuro próximo, mas provocam um alerta. “O indicador se mantém acima da linha divisória de 50 pontos. Entretanto, percebe-se que as expectativas vêm piorando nesse início de ano”, observou.

Pelo terceiro mês consecutivo, o ICEI goiano ficou abaixo do apurado nacionalmente, porém a tendência tem sido a mesma. A confiança do empresário em nível nacional caiu pela segunda vez consecutiva, reflexo da queda do indicador de condições e do indicador de expectativas, porém ambos se mantendo acima dos 50 pontos, com 53,6 e 66,1, respectivamente.

(Texto assessoria Fieg)