O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Goiás, habitualmente equilibrado, deu declarações um tanto estranhas a um site de notícias de Anápolis.
Para entrevistar Cláudio, o site Diário Anápolis partiu de uma premissa falsa: diz que o governador está processando jornalistas e blogueiros por “supostas ofensas”.
Não são “supostas ofensas”. São acusações pesadas de que o governador teria cometido crimes capitulados no Código Penal, acusações desacompanhadas de provas. Logo, o governador, como qualquer cidadão, tem o direito constitucional de se defender recorrendo à Justiça, conforme as regras democráticas do Estado de Direito vigente no Brasil.
O presidente do Sindicato não deve ter pensando bem antes de declarar: “O sindicato vê com preocupação o excessivo número de ações patrocinadas pelo governador. Até, por que, cabe à imprensa, em um país livre e democrático, cobrar respostas e soluções”.
“Número excessivo de ações”? Excessivo é o número de calúnias atiradas contra um político que tem nome, família, histórica e honra a defender. Essa exacerbação significa apenas que o ambiente político em Goiás está desvirtuado e seriamente comprometido pelo passionalismo
O pior é a justificativa que Cláudio Curado dá: “Cabe à imprensa, em um país livre e democrático, cobrar respostas e soluções”.
Vamos lá:
Primeiro, nenhum dos processos movidos pelo governador visou qualquer jornalista no exercício da sua profissão. Na verdade, foram questionados na Justiça apenas militantes partidários, nenhum ligado a qualquer veículo de imprensa de peso. São “jornalistas”, para usar um termo popular, de araque
Segundo, O que é que “cobrar respostas e soluções” tem a ver com caluniar, difamar e injuriar? Chamar um político de corrupto e atribuir a ele crimes definidos no Código Penal é “cobrar respostas e soluções”?
Terceiro, estamos, sim, em um país livre e democrático. Por isso, é permitido até que se use a liberdade de expressão para caluniar, difamar e injuriar. Mas também permite-se que os atingidos tenham o direito de buscar a reparação dos danos morais que sofreram.
Simples: que presidente de sindicato aceitaria ser acusado de “corrupto” e de usar o cargo para praticar crimes capitulados no Código Penal?
Cláudio Curado, que, repita-se, tem sido um presidente pautado pelo equilíbrio, com certeza não aceitaria.