segunda-feira , 29 abril 2024
Goiás

Retrocesso na UEG: sem fotocópias, professores são obrigados a passar a prova na lousa

A UEG está um verdadeiro caos. Essa é a verdade. Sem infraestrutura básica, os professores estão sendo obrigados a passar a prova na lousa. Ou seja, não há nem papel e fotocópias para aplicação de prova. Foi o que aconteceu com o professor Julio Paschoal, que ensina Economia. Ele teve que passar toda a prova no quadro.

Paschoal fez um verdadeiro desabafo em seu Facebook. Veja abaixo:

“UEG

Calamidade Pública

Uma opinião de quem vive a universidade e não a de quem ouviu alguém falar do seu estado atual.
Pasmem os senhores e as senhoras que se deparam com uma das provas que apliquei aos alunos do curso de economia da Instituição, conforme foto abaixo. Nos cem dias de governo, seguindo a gestão anterior a universidade não recebeu o duodécimo, que lhe é de direito e muito menos foi autorizado por essa gestão trabalhar seu “Fundo Rotativo”, resultado, não há papel, toner, pincel, serviços para xérox dentre outros materiais de expediente para que a universidade cumpra sua atividade fim perante a sociedade. Se há irregularidades como apontadas pela CGE, que culminou com o afastamento do Reitor, eleito para o cargo, essas não podem prejudicar os professores e o aprendizado dos alunos. A universidade precisa cumprir seu curso normal, da forma que está corre o risco de não como continuar funcionando no segundo semestre.

Os professores e eu tivemos que passar a prova no quadro, para que pudesse ser aplicada, causando transtornos a todos. Comuniquei ao Governador, o estado por que passa a universidade e de modo especial o Campus Jundiaí em Anápolis, que leciono desde 2004, por ter passado em concurso público. Esperamos um olhar diferenciado por parte do Governo, se no passado vários campos foram abertos para atender questões meramente políticas, que os fechem com a acuidade necessária e não por revanchismo ou pelo município ser contrário ao atual governo. O republicanismo é a melhor forma de atuar a frente do governo, até porque ao chegar ao poder o agente público representa o Estado e não partidos políticos e a população não pode ser prejudicada em função da ma política.
Há serviços que não podem sofrer descontinuidade dentre eles: educação, saúde e segurança pública.

Tivemos avanços como veiculados em matéria no jornal O Popular de hoje 10 de abril de 2019, mas unidades escolares estão paradas por falta de pagamento do mês de dezembro e condições mínimas de funcionamento, uma criança perdeu a vida no Hospital Materno Infantil e continuamos convivendo com crimes, assaltos e outros, nesses cem dias apesar dos esforços da atual gestão.

Se essa situação que estamos vivendo é fruto dos erros cometidos nos governos anteriores, que nominem quem os cometeu e os punam com o rigor da lei. Os passos devem ser dados do tamanho de nossas pernas. Se não há recursos, para a manutenção de todos os serviços, que os reduzam respeitando suas especificidades e não continuem como está pois em assim ocorrendo o prejuízo é de todos que pagam impostos e não vêem serviços a altura para eles e toda a sociedade”.