terça-feira , 23 abril 2024
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Operação Mãos à Obra cumpre mais dois mandados de prisão temporária em Planaltina

A 4ª Promotoria de Justiça de Planaltina de Goiás cumpriu dois mandados de prisão temporária expedidos em desfavor de André Luiz Gontijo de Souza e Vanessa Maris Araújo Fernandes. Os dois foram presos em Formosa e são investigados no âmbito da sexta fase da Operação Mãos à Obra, que culminou com a prisão de vários empresários do município no mês passado. Esta sexta fase da operação é coordenada pelo promotor de Justiça Rafael Simonetti, da 4ª Promotoria de Planaltina.

Os mandados de prisão foram cumpridos com o apoio da Polícia Civil, sob responsabilidade do delegado regional de Formosa, Jandson Bernardo da Silva. André Luiz e Vanessa Maris foram levados para o presídio de Planaltina e serão ouvidos na promotoria de Planaltina amanhã. A sexta fase da Operação Mãos à Obra apura irregularidades em contratos celebrados pela Câmara Municipal de Planaltina de Goiás na gestão de seu ex-presidente André Luiz Magalhães (Pastor André).

Segundo o decreto de prisão temporária expedido pelo juiz Gustavo Costa Borges, o Ministério Público de Goiás, durante os desdobramentos da Operação Mãos à Obra, detectou que André Luiz e Vanessa Maris, sócios das empresas Mult X Service Ltda e Central Construtora e Transportadora Ltda-ME, participaram ativamente de fraudes a licitações. As duas empresas, de acordo com as investigações, fraudaram processo licitatório para obras de engenharia da Câmara Municipal de Planaltina, em valores que ultrapassam R$ 180 mil.

De acordo com as investigações, eram criadas empresas-fantasma apenas para participar das licitações, proporcionando uma concorrência fraudulenta. O MP-GO apurou que foi formada uma verdadeira associação criminosa, que burlava a tramitação do procedimento licitatório, já que não aconteciam os procedimentos externos e internos na forma da lei. Não eram realizadas sessões, análises de concorrência, julgamento de propostas, ficando clara a ocultação de fraudes pela aparência de legalidade. Tudo ocorria sob a coordenação de Pastor André.

Foram cumpridos, no mês passado, quatro mandados de prisão temporária contra empresários. São investigados os contratos firmados pela Câmara de Vereadores com as empresas Líder Radiodifusão, Agência de Publicidade e Eventos Ltda-ME, de propriedade de Fábio José de Souza Rodrigues e Jonathan Martins Rodrigues, e Talismã Veículos Ltda, que tem como sócio Juliano Igor Caixeta e como procurador Anderson Dias Campos. As empresas têm sede em Formosa.

As empresas investigadas foram vencedoras de procedimentos licitatórios fraudulentos realizados pela Câmara na gestão do ex-presidente em 2017, que resultaram na contratação de uma empresa de publicidade e na aquisição de veículos para o Legislativo municipal.