Editorial do Jornal Opção faz análise da presença de Júnior Friboi na política goiana e diz que partidos precisam ter referências, como Marconi, Iris ou Paulo Garcia.
Para o semanário, Friboi não é referência nem para as empresas da família.
Veja os trechos que Goiás24Horas selecionou a respeito:
“Os políticos e os partidos precisam de referências. Marconi Perillo é a principal referência do PSDB. Iris Rezende é a referência básica do PMDB. Paulo Garcia e Antônio Gomide são referências do PT. Júnior do Friboi não é referência nem para as empresas da família”.
“Entretanto, de repente, num “golpe” ainda não devidamente explicado, Júnior do Friboi, empresário tecnicamente afastado do grupo JBS Friboi — empreendimento que tem como sócio o BNDES (dono de 31% dos negócios) e como uma espécie de interventor Henrique Meirelles —, aparece como “líder” e, daí, “pré-candidato” a governador pelo PMDB. Peemedebistas mais jovens e alguns prefeitos afoitos, todos de olho na fortuna de Friboi — fortuna que é parecida com o Curupira: ninguém, na prática, a vê —, já apostam na sua candidatura. Mas nem a cúpula do PMDB, aquela que decide e sabe fazer campanha, nem a cúpula do PT querem a candidatura de Friboi. Sobretudo porque não acreditam que Friboi tem pegada suficiente para enfrentar um profissional como Marconi Perillo e, mesmo, um semiprofissional como Vanderlan Cardoso (PSB). Com ele candidato, o PMDB corre o risco de ficar em terceiro lugar, ou seja, na lanterninha. O PT, pelo menos, não deve embarcar nesta aventura.
Na verdade, se não era líder na JBS Friboi — se pediu afastamento, e este foi imediatamente aceito, é porque não era imprescindível —, Friboi vai se tornar líder, de uma hora para a outra, de um partido que tem uma história no país e em Goiás? Como não se cria uma referência rapidamente, uma referência consistente, ao estilo de Iris Rezende, dificilmente Friboi se tornará candidato a governador”.