A Assembleia Legislativa retoma suas atividades esta semana em clima de tensão.
A oposição, antes em festa pelo aparente fortalecimento, agora vive sob o fardo da desconfiança. Dois de seus deputados retiraram, na calada da noite, as suas assinaturas dos requerimentos que pediam a criação de três CPIs.
Por conta destes dois traidores, os requerimentos naufragaram e não podem ser reapresentados. O comportamento destes cabotinos provocou um clima de guerra que só se encerrará quando revelados os nomes destes deputados.
Major Araújo (PRB) avisou que está rompido com o grupo. Samuel Belchior (PMDB) promete punição se o desertor vier a habitar as fileiras do PMDB. Karlos Cabral (PT) cobra não só os nomes, como penalização severa.
Há suspeitas, e elas recaem sobre Ney Nogueira (PP), Simeyzon Silveira (PSC), Luiz Carlos do Carmo (PMDB) e Paulo Cezar Martins (PMDB). Os dois primeiros teriam paricipado de uma reunião no gabinete da Presidência da Assembleia um dia antes de os requerimentos caírem.
O presidente Helder Valin (PSDB) não vai revelar quem são os desertores. Argumenta que não seria ético de sua parte. Ele está certo: cabe tão só aos revelarem suas identidades.
O ano mal começou e, antes que pudesse causar estrago, a oposição se despedaçou.
Bem disse o deputado Caiado: o episódio desmoralizou a oposição.