segunda-feira , 23 dezembro 2024
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Rede social criada pelo Governo já tem comunidade “Fora, Dilma, Fora PT, Não Lula”. Kkkkkkkkkkkkkkkkk

Veja reportagem da Folha de S. Paulo sobre a presença de comunidades hostis ao PT, à Dilma e a Lula na rede social criada pelo governo federal:

Rede social do governo tem comunidade que pede ‘Fora Dilma, Fora PT, Não Lula’

DE BRASÍLIA

Lançada nesta quarta-feira (17) em versão experimental, a rede social do governo federal já tem uma comunidade intitulada “Fora Dilma, Fora PT, Não Lula”.

“É isso mesmo que você leu, se fizer uma ‘reforminha’ e continuar com o PT no poder de nada vai adiantar, tem de haver alternância de poder, só assim temos democracia”, diz a apresentação da comunidade.

No rastro das manifestações que tomaram conta do país e escancararam uma insatisfação generalizada contra políticos, o governo tenta conquistar os jovens com a rede social “Participatório” — abreviação de Observatório Participativo da Juventude.

Além da comunidade anti-PT, o espaço virtual também sofreu críticas do próprio ex-presidente Lula.

“Lula me ligou e perguntou que nome era esse, se era porque eu era da igreja. Falei que ele era velho e que esse é o nome que a meninada usa”, disse o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) durante o lançamento do site.

O Participatório está na web desde segunda-feira, mas foi formalmente lançado ontem. Diante de críticas de que se trata de uma rede “chapa branca”, o governo afirma que a moderação será feita somente após a postagem dos comentários.

Com apenas três integrantes, a comunidade “Fora Dilma” não era a mais popular do site. “Política e participação social”, “Mudanças que o país precisa” e “Reforma política” até a noite de ontem tinham maior número de participantes, com aproximadamente 50 pessoas cada uma.

Especialista em informática e educação, o professor da Universidade de Brasília Lúcio Teles diz que a rede pode ser mais importante para o governo do que para os jovens.

“O sucesso da ferramenta depende de como o governo vai lidar com as críticas e responder as demandas.” Segundo ele, usar as redes já existentes, como Facebook ou Twitter, poderia ser mais eficiente para o diálogo.

Para o governo, contudo, o site vai servir para “errar menos”. “Temos que ter a coragem do diálogo, de ouvir aquilo que nos agrada e nos desagrada”, disse Carvalho.

Apesar de ter sido anunciado na esteira dos protestos, o projeto estava em gestação desde 2011.

(FERNANDA ODILLA)