Ao participar de um debate em São Paulo, ontem, Maia disse que o entorno do governo tem uma estrutura para “viralizar o ódio” por meio de fake news e que Bolsonaro afasta investidores ao gerar incertezas sobre seus compromissos com a democracia e o meio ambiente.
Maia tem sido um dos principais alvos de mensagens contra o Congresso que circulam em redes sociais de apoiadores do governo. Ele buscou outras autoridades e empresários para tentar uma resposta conjunta ao que classifica como escalada autoritária (mais informações nesta página).
Maia abriu seu discurso de ontem dizendo que vivemos uma “contestação das democracias liberais” e que a tecnologia virou um campo de ataque às pessoas. “Nada disso custa pouco. Um robô custa US$ 12 por mês.” Em dezembro, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), antiga apoiadora de Bolsonaro, afirmou à CPMI das Fake News, que um dos mais ativos grupos de propagadores de notícias falsas e ataques pessoais é o chamado “gabinete do ódio”, integrado por assessores especiais da Presidência. Parlamentares que acompanham os trabalhos da CPMI estimam que uma estrutura deste tipo custaria R$ 1,5 milhão por mês.
Economia
Dois dias após o anúncio do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, que frustrou economistas, o presidente da Câmara afirmou que a omissão do governo pode levar ao “estancamento de reformas”. “O governo prometeu muito, mas não entregou. Tinha uma previsão de crescimento de 2,5% e cresceu 1.1%.” O parlamentar criticou, ainda, a demora no envio das propostas do Executivo para as reformas tributária e administrativa.
Segundo ele, a reforma da Previdência “foi abandonada pela equipe do governo”. “Foi o Parlamento quem colocou a pauta e tocou a pauta”, disse. Para Maia, “o Parlamento precisa não só reformar o Estado, mas também reformar os setores” como forma de atrair capital estrangeiro.