Ambos os pacientes realizaram o exame RT-PCR para o coronavírus em 31 de dezembro do ano passado e apresentaram resultado positivo. Em 19 de janeiro de 2021, as amostras das duas pessoas foram encaminhadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para sequenciamento genômico, que confirmou a infecção pela variante inglesa do coronavírus.
Após investigação dos casos, foi detectada a correlação com um surto familiar notificado pelo Cievs nacional que ocorreu durante uma viagem envolvendo mais de 20 pessoas, sendo um viajante internacional vindo do Reino Unido. O primeiro caso é de um homem de Valparaíso de Goiás e o segundo de uma mulher residente no município de Luziânia.
A secrearia Estadul de Saúde trabalha junto à Regional de Saúde do Entorno Sul e às secretarias municipais de Saúde de Valparaíso de Goiás e Luziânia no monitoramento e acompanhamento destes pacientes e de novos casos que possam surgir. Entre as ações estão a realização de investigação retrospectiva; avaliação do histórico de viagem, quadro clínico, gravidade e desfecho; rastreamento e monitoramento dos contatos entre residentes da mesma casa, seus familiares ou demais pessoas próximas; e notificação dos casos suspeitos para coleta de material e envio ao Lacen Goiás.
É importante ressaltar que essa variante tem importância epidemiológica, sendo identificada pelas autoridades de saúde do Reino Unido em 14 de dezembro do ano passado e notificada em mais de 62 países. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ela foi responsável por um aumento significativo da transmissibilidade, incidência, hospitalizações e pressão sobre o sistema de saúde desde a segunda metade do último mês de 2020. No entanto, para a ocorrência de óbitos, estudos preliminares indicam que ainda não há evidências suficientes de que ela esteja associada ao aumento de mortes se comparada com outras variantes.