(Matéria do jornal A Redação)
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, afirmou nesta segunda-feira (8/3) que a situação de Goiânia em relação à pandemia “é muito grave, de calamidade”. Atualmente, o sistema municipal de saúde registra pacientes aguardando por vagas em enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesta manhã, 99% dos leitos exclusivos para covid-19 estavam ocupados.
Esse cenário se complicou, segundo o secretário, na última semana de fevereiro. “De 48 a 72 horas, tivemos uma verticalização muito importante da ascensão da curva do ponto de vista da solicitação de leitos de UTI. Saímos de uma marca de 70 para 90% [de ocupação] nesse período”, alertou.
“Todas as vezes que nós passamos da taxa de 80%, nós saímos do nosso gatilho de segurança. E todas as vezes que nós ultrapassamos 90%, a situação realmente é crítica, e é praticamente uma situação de calamidade”, frisou. Ele ainda afirmou que a Prefeitura de Goiânia trabalha para ampliar a oferta de vagas. Nos próximos dias devem ser abertos 100 leitos.
Durval explicou que o tempo de espera por leitos é dinâmico, mas aumentou consideravelmente nos últimos dias. Cerca de 15 dias atrás, um paciente aguardava até seis horas pela regulação, transporte e admissão na unidade de saúde. “Hoje, esse tempo chega a ultrapassar 12 horas”, disse. Segundo ele, a complexidade envolve não só a disponibilidade de vaga, mas todo o trabalho que está por trás disso, como a regulação do leito e o transporte do paciente. “Hoje está muito sobrecarregado”, apontou sobre o cenário geral.