segunda-feira , 25 novembro 2024
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“Nossa campanha é salvar vidas”, diz Caiado ao defender medidas

Em entrevista a emissoras de TVs e rádios locais nesta quarta-feira (17/03), o governador Ronaldo Caiado defendeu unidade na adoção de medidas sanitárias de combate à Covid-19, previstas em decreto estadual. “Se estamos em uma situação de calamidade, prefeito não pode, cada um, criar o seu protocolo” afirmou.

O argumento é amparado em matéria julgada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, em março, que indicou a necessidade de harmonia e de coordenação entre as ações públicas dos diversos entes federativos. “Quando o estado é de calamidade, o que prevalece é uma regra única. Sem leito suficiente, não é possível ter um regramento em uma cidade e outro regramento em outra. O colapso é generalizado”, asseverou o governador. Segundo ele, “agora, a nossa campanha é salvar vidas”.

Desta forma, Caiado conclamou que os líderes municipais tenham compreensão e chamem para si a responsabilidade de conscientizar a população para importância de se acatar as medidas estabelecidas no decreto do Governo de Goiás que entrou em vigor nesta quarta-feira.

“Nenhuma cidade pode querer achar que tem outro regramento, outro protocolo, que não seja aquele estipulado para todos.” O governador ainda informou que continua a atuar em sintonia com os prefeitos. Exemplificou que, na manhã desta quarta-feira (17/03) voltou a se reunir com os chefes do executivo da Região Metropolitana de Goiânia para pedir apoio.

O governador explicou ainda que, nos casos de desrespeito ao decreto estadual, caberá ao Poder Judiciário e ao Ministério Público deliberar sobre as possíveis medidas cabíveis. Ainda neste sentido, pediu também a colaboração do setor produtivo, pois diante da gravidade do momento, não deve haver espaço para “picuinhas” e “queda de braço”, mas sim seguir o que a ciência determina. “É um momento de nós deixarmos as vaidades de lado, do ponto de vista político, e principalmente termos coragem de enfrentar a pressão de alguns empresários, principalmente do presidente da Fieg [Sandro Mabel]”.

Nas entrevistas, Caiado lembrou que a rede estadual expandiu a capacidade de atendimento nesse último ano, mas que a alta demanda provocada pela segunda onda da Covid-19, e suas variantes, preocupa. “Não posso admitir amanhã que o cidadão que mora em Goiás não tenha o atendimento no momento em que estiver acometido pelo vírus”, declarou.

A ocupação cada vez mais alta da rede hospitalar pautou, inclusive, o encontro com prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia. A ideia do governador é transformar os leitos de enfermaria em semicríticos, e utilizar Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que são estruturas municipais, para atendimento de casos menos graves. “É uma ação já antevendo uma sobrecarga”, resumiu.

Vacinas
Ao ser questionado sobre a aquisição de imunizantes pelo Estado, o governador pontuou que é preciso agir com responsabilidade. “As pessoas não podem mentir para a população”, disse. Foi claro ao apontar que há muita especulação, com motivação política, acerca do assunto, incitando a população a acreditar que não está havendo esforço por parte do governo, uma vez que Estados e entidades supostamente teriam adquirido doses. “Isso é uma farsa, uma mentira”, salientou. “Essa informação de que alguma pessoa comprou ou vai comprar… Você se lembra bem dos testes, dos respiradores. Isso aí está sendo usado politicamente por pessoas que querem transformar o momento num debate político-eleitoral.”