O governador Ronaldo Caiado conheceu a estrutura que será disponibilizada nos 120 novos laboratórios que começam a ser instalados em 86 Centros de Ensino em Período Integral (Cepi) da rede estadual. Os investimentos somam R$ 4,5 milhões, em parceria com o governo federal, e vão equipar aulas práticas de física e de biologia.
“Não descuidamos um minuto da educação dos nossos jovens do Estado de Goiás”, defendeu o governador. “A preocupação é dar a vocês [alunos] um ambiente cada vez melhor, adaptado para desenvolverem sua capacidade, seu potencial criativo, ampliar a oferta de laboratórios e dar condições para que o ambiente escolar seja o melhor possível”, destacou.
A visita às novas instalações educacionais ocorreu no Cepi Luís Perillo, localizado no Bairro Goiá, em Goiânia, onde Caiado pôde conhecer os equipamentos que serão usufruídos por 292 alunos do ensino médio matriculados no local. “Essa é nossa meta, como governador do Estado e com minha secretária de Educação, nossos professores, professoras, coordenadores: fazer uma educação de primeiro mundo aos nossos jovens para que eles sejam competitivos e vencedores na vida”, defendeu.
Os novos ambientes vão dinamizar o processo de ensino-aprendizagem, auxiliar na realização de práticas experimentais com a utilização de itens como microscópios, conjuntos de lâminas preparadas para o ensino médio, modelos didáticos relacionados ao corpo humano, conjuntos para estudo da dilatação, conjuntos de mecânica, painel para hidrostática, frascos, pipetas, lupas e materiais didáticos.
Em momento de interação, Ronaldo Caiado, já com o uso dos novos materiais, reforçou a aula de biologia e demonstrou aos alunos conhecimentos em anatomia humana, em especial, sobre a coluna cervical, sua área de especialidade na medicina. Os itens pedagógicos chegarão a todos os Cepis e a montagem seguirá um cronograma que contemplará 50 municípios. Para as aulas de ciências biológicas, serão destinados 60 laboratórios. Já para as aulas de física, os outros 60.
De acordo com a titular da Secretaria de Educação (Seduc), Fátima Gavioli, a instalação dos novos ambientes representa um ganho de qualidade e valoriza o trabalho dos professores. “Quando você consegue fazer essa melhoria chegar até a escola, você deixa diretor e professor motivados, e isso faz com que o aluno possa aprender melhor”, declarou Gaviolli. “As aulas têm condição de melhorar acima de 70% em relação às que aqui tinham antes”, avaliou. Segundo a secretária, o planejamento é estender essa estruturação para toda a rede estadual de ensino.
Também participaram da visita a superintendente de Educação Integral, professora Márcia Antunes; o superintendente de Infraestrutura, Rodolfo Afonso; a coordenadora Regional de Educação de Goiânia, professora Enicléia Morais; a gestora do Cepi Luís Perillo, professora Cleidimar de Almeida Leite, e representantes das equipes administrativa e pedagógica da instituição e da Seduc.
Divisor de Água
“A aparelhagem que recebemos hoje está em pé de igualdade com laboratórios de cursos de graduação das nossas universidades”, comentou o professor de biologia, Carlos Eduardo Santos Araújo, mais conhecido como professor Cadu. “Nunca existiu tanto investimento em equipamento, em infraestrutura das escolas, como a gente tem agora”. Segundo o docente, a estruturação do laboratório é “um sonho realizado” e “um divisor de água” que possibilita contextualização no processo ensino-aprendizagem. “Aumenta mais a responsabilidade nossa no ensino, porque, a partir de agora, os alunos vão poder vivenciar na prática aquilo que eles viram somente na teoria”, defendeu.
Professor Cadu lembrou que o local onde está instalado o laboratório de ciências biológicas era anteriormente um depósito de carteiras e não havia equipamentos para ministrar aulas práticas. O desejo de transformação chegou a motivar a comunidade escolar a buscar alternativas. “Antes do laboratório chegar e da pandemia, a gente estava com um projeto de juntar latinha de alumínio para comprar um único microscópio”, lembrou o professor que tem 17 anos de carreira na rede pública de ensino.
A estudante Evellyn Soares, de 16 anos, matriculada no segundo ano do ensino médio, acredita que poderá aprender mais com os novos ambientes. “Dá muito ânimo. Ajuda a gente a se distrair e aprender ao mesmo tempo. Estou animada”, comentou. A adolescente pretende seguir carreira na música.