A escritora Nélida Piñon morreu neste sábado, em Lisboa, aos 85 anos. Ela estreou na literatura com o romance “Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo”, lançado em 1961. Seu segundo livro “Madeira Feito Cruz” saiu dois anos depois, em 1963.
Piñon é ao lado de Jorge Amado e Paulo Coelho, um dos nomes mais reconhecidos da literatura brasileira no mundo.
Foi a primeira autora latino-americana a ganhar os prêmios Juan Rulfo, o Nobel da América Latina, e foi fundamental na promoção da literatura brasileira no exterior, apresentando nomes como Machado de Assis a autoras como Susan Sontag.
Piñon foi doutora honoris causa das universidades Poitiers, Santiago de Compostela, Rutgers, Florida Atlantic, Montreal e UNAM. O título é dado a personalidades que se destacam pela atuação em defesa das artes, da ciência e das letras. Em 2012, foi nomeada Embaixadora Ibero-Americana da Cultura.
A escritora brasileira ocupou a 30ª cadeira da Academia Brasileira de Letras, a ABL, em 1990 e seis anos depois foi a primeira mulher a presidir a instituição.