O caso do secretário do Planejamento e Gestão, Giuseppe Vecci, absolvido por unanimidade pelo Tribunal de Justiça de uma acusação de improbidade administrativa formulada pelo Ministério Público Estadual, expõe a indústria de linchamento moral a que qualquer cidadão pode ser submetido em Goiás – mesmo sendo inocente.
Vecci foi acusado pelo MP Estadual de contratar a sua própria instituição de ensino, a Faculdade Cambury, para ministrar cursos a funcionários públicos estaduais, no ano de 2001.
O Ministério Público Estadual, que fez a denúncia, publicou no seu site na internet e apregoou aos quatro ventos o processo contra o titular da Segplan – comprometendo moralmente a sua imagem, incomodando a sua família e agregando ao nome de Vecci a suspeita de ter praticados atos ilegais, em última análise atos criminosos.
Não era verdade.
O Tribunal de Justiça, com a sua autoridade indiscutível, inocentou Vecci, em decisão unânime adotada nesta quinta-feira.
O site do Ministério Público Estadual, que foi ávido na divulgação da denúncia contra o secretário, não publicou uma linha a respeito da decisão do TJ inocentando Vecci.
Nada. Nem uma linha.
Vecci, em sentido figurado, mas incisivamente real, passou por um processo de linchamento moral, comandado pelo MP, que, agora se vê, foi injusto, imerecido e indevido.
Quem vai pagar os prejuízos morais de Vecci? Quem o acusou injustamente? Quem expôs o seu nome à execração pública?
Quem o submeteu à humilhação de ser citado nos jornais como acusado de improbidade administrativa?
Quem fez tudo isso foi… o Ministério Público Estadual.
Vai pagar?