terça-feira , 5 novembro 2024
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Médico goiano que não queria ser pai é acusado de forçar o aborto na namorada e matar o próprio filho

Denúncia

• O que era para ser a lua de mel, início de família e reencontro, terminou em agressão, estupro e aborto forçado. Na última terça-feira (29), o médico Venancio Tavares Trindade, de 25 anos, foi denunciado na delegacia da Mulher em Pirenópolis (GO) pelos crimes contra a namora, R.D.S., de 27 anos.

Um bebê esperado

• A jovem está muito abalada e pediu para não ser identificada no momento. Há três meses ela descobriu que estava grávida e procurou o pai, Venâncio, para informá-lo. Ele, por sua vez, disse que não queria ter o filho e que o melhor seria abortar a criança. Assustada, R.D.S. avisou que queria terminar a relação e ter o bebê, um sonho dela e da família. Aliás, os preparativos para a chegada do novo membro já estavam em andamento.

• “Minha família e eu cuidaríamos dele. Lá em casa já tinha sugestão de nomes se for menino ou menina, as roupinhas, as cores, tudo. E acabou. Ele destruiu a vida de um bebê indefeso e nos feriu muito”, disse chorando.

Crueldade

• Após insistir com o aborto e não conseguir, Venâncio mudou a estratégia, segundo a vítima: “ele apareceu dizendo que estava arrependido, que queria formar uma família comigo e o nosso filho e para comemorar me chamou para uma viagem, fomos a Pirenópolis (GO)”, contou.

• Na intimidade do casal, Venâncio é acusado de introduzir comprimidos na parceira durante a relação. Ao sentir o desconforto ela pediu que parasse: “está me machucando para e ele continuava”, lembrou.

Tarde demais

• Após uma briga, ela conseguiu tomar a chave do quarto e sair: “estava com medo de ser jogada da sacada do apartamento, ele dizia coisas do tipo brincando, mas com um pouco de sadismo. Saí e procurei ajuda na recepção e falei que estava sendo agredida e a moça me colocou em outro quarto. Telefonei para minha irmã, e ela me buscou. Quando chegamos em Goiânia era tarde, os comprimidos fizeram efeito e o meu bebê estava morto. Me despedi do corpinho chorando, meu bebê…” relatou.

Veja mais detalhes na parte 1 da reportagem de Carlos Eduardo Prado;

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