Para o site do Sintego, não existe nenhuma greve de professores da rede municipal de ensino de Goiânia.
Lá, em meio às notícias sobre as atividades do sindicato, não se encontra uma palavra sequer sobre o movimento dos mestres municipais – que reclamam do prefeito Paulo Garcia (PT) correções salariais e melhores condições de trabalho.
O peleguismo do Sintego é tão extremado que há uma matéria narrando um encontro entre a presidente do sindicato, Ieda Leal, e a secretária municipal de Educação, Neyde Aparecida (sim, ela mesma, a que está condenada por improbidade administrativa), na qual se afirma candidamente que as duas debateram “a situação dos servidores da rede municipal de ensino”.
Enquanto isso, nas redes sociais, multiplicam-se as reclamações contra a omissão do Sintego na greve dos professores de Goiânia. Omissão, não. O sindicato adotou posição ostensiva a favor do prefeito Paulo Garcia. A presidente Ieda Leal chegou até a aparecer na televisão pedindo que os pais mandassem seus filhos para as aulas porque “não existe greve”.