O maior crime de José Genoíno talvez não tenha sido a sua adesão incondicional à quadrilha que operava o mensalão.
Genoíno, ao entrar de boca aberta na malandragem mensaleira organizada pelo então ministro José Dirceu e pelo seu tesoureiro Delúbio Soares (ele, Genoíno, era presidente do Partido dos Trabalhadores), renunciou a uma história que até certo ponto tinha algum brilho – tipo luta contra a ditadura (muito embora com o objetivo de implantar outra ditadura no Brasil).
Mas, vá lá. Quem é Genoíno? O militante histórico das liberdades, como ele mesmo gosta de se definir, ou apenas um bandido que trafegopu na alta esfera política nacional, como membro de uma quadrilha e praticando atos de corrupção explícita?
Cá entre nós: foi o próprio Genoíno quem deu uma resposta a esta pergunta. Ele optou pela segunda hipótese: transformar-se em um criminoso do colarinho branco.
E lugar de criminoso, de colarinho branco ou não, é na cadeia. Boa oportunidade, aliás, para que ele, que demagogicamente promete continuar “lutando por um país mais justo”, comece a lutar também “por presídios melhores”.