Texto publicado no site GBrasil (clique aqui para acessar)
Fadado a ser um coadjuvante sem brilho na disputa pelas duas vagas ao Senado, Wilder Morais (DEM) começou a ser visto por aliados de Ronaldo Caiado (DEM) como opção para vice na eleição deste ano, em que pese a promessa de Caiado de bancá-lo na disputa pela reeleição.
Deslocar Wilder para vice seria perfeito para Caiado porque abriria mais uma possibilidade de composição com partidos que hoje não estão no seu espectro de aliados. Seria possível, por exemplo, abrigar Vanderlan Cardoso (PP) e Jorge Kajuru (PRP), ou Vilmar Rocha (PSD) e Kajuru. Qualquer uma destas candidaturas seria mais competitiva do que a de Wilder, que apareceu com 1,4% na mais recente pesquisa Serpes/O Popular.
De lambuja, Caiado garantiria a poderosa estrutura financeira de seu colega de Senado para chapa. Estamos falando de um avião devidamente plotado com o nome de Wilder, um helicóptero e pelo menos três dezenas de milhões de reais que o magnata está disposto a despejar na campanha.
Ter um belo avião para cruzar o Estado é um luxo que Caiado valoriza e não quer abrir mão. Prova disso é que nos últimos meses a dupla colecionou quantidade considerável de milhas em busca de votos. A farra virou assunto de nota inclusive na revista Veja, que se referiu a Wilder como “empreiteiro milionário”.
Dificilmente Wilder aceitará o “rebaixamento” de bom grado, mas depois de se queimar com a base aliada por abandoná-la e críticá-la após fazer parte dela por seis anos, não sobra muita opção.
